(Com informações da Ansa) Milhares de operários chineses denunciaram que perderam os seus postos de trabalho com a vigência de um novo regulamento que proíbe a distribuição gratuita de sacolas plásticas e o uso de sacolas não biodegradáveis.

Segundo Fu An, presidente da Associação da Indústria do Plástico de Cantão, o novo regulamento acarretará o fechamento de mais da metade das dez mil fábricas de plástico de Guangdong, a província líder no setor (na China, há cerca de 60 mil empresas que produzem sacolas plástico).

O governo se mostra dividido diante da questão: uns defendem os direitos dos trabalhadores, enquanto outros exigem o fechamento imediato de empresas que empregam milhares de pessoas.

As autoridades defendem que essa lei é necessária para diminuir o consumo de petróleo do país, que utiliza anualmente 37 milhões de barris do combustível para produzir sacolas plásticas. Segundo um funcionário do governo, o plástico forma de 3% a 5% do total do lixo diário, cuja maioria é composta por sacolas plásticas.

Mas algumas organizações ainda se mostram céticas diante da aplicação correta do regulamento. "A lei será eficaz apenas se Pequim se empenhar para fazer com que ela seja respeitada", explicou Ning Rongju, da ONG Amigos da Natureza.

Para Zhu Jiansheng, proprietário de uma pequena fábrica em Foshan, próximo a Cantão, há "duas possibilidades" para evitar um rombo no mercado: "pedir ao governo para modificar a lei, autorizando, por exemplo, a distribuição gratuita de sacolas ao menos nas áreas rurais, ou desenvolver novos setores industriais".

O governo não parece disposto a fazer mudanças na lei, que prevê multas de cinco a dez mil yuan (cerca de 500 a mil euros) para os estabelecimentos comerciais que não comprirem o regulamento.

Qual é o seu ritmo? Seja qual for, venha curti-lo de uma forma diferente!


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China: sacolas plásticas são proibídas e desemprego cresce

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