(ANSA) – A ex-refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Ingrid Betancourt descartou nesta sexta-feira voltar a concorrer à presidência de seu país.

Ingrid, libertada em julho após seis anos de cativeiro, foi seqüestrada quando era candidata à presidência da Colômbia, em 2002. A franco-colombiana também foi deputada e senadora.

"Não vou aspirar nem à presidência, nem ao Congresso, nem a nada que esteja relacionado à política colombiana", disse ela à ANSA, após ter-se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo. As próximas eleições presidenciais na Colômbia ocorrerão em 2010.

Ao comentar a Operação Xeque, em que militares colombianos usaram disfarces para enganar as Farc e conseguir a sua libertação e a de outros 14 reféns, Betancourt afirmou que se trata de iniciativa inédita, que não poderá ser repetida. "Uma operação de enganar as Farc não se repetirá, porque agora a guerrilha estará mais alerta", explicou.

Betancourt disse apoiar a estratégia militar promovida pelo governo do presidente Álvaro Uribe para derrotar as Farc, mas ressaltou que isso ainda não é suficiente.

"Devo a Uribe a minha liberdade, mas precisamos dar uma resposta social para os jovens que não têm oportunidades de emprego nas zonas rurais, o que é sempre uma oportunidade para que se convertam às Farc", ressaltou.

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Betancourt descarta concorrer à presidência da Colômbia

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