(Por Thyago Gadelha) Imagine que você está acostumado a ver seus filmes numa televisão convencional de 29 polegas e de repente compra e assiste aos mesmo longas em blu-ray, numa de LCD de 52 polegadas. É exatamente essa a sensação de ver o fantástico épico de Christopher Nolan sobre o homem-morcego na tecnologia IMAX do cinema do shopping Bourbon Pompéia, em São Paulo. Sem dúvidas é uma experiência inesquecível em termos técnicos, mas não traz nenhuma surpresa ao espectador .

Agora junte a isso a confusão que muitas pessoas no Brasil têm feito sobre o conceito desta tecnologia IMAX e mais algumas falhas da sala do Unibanco Arteplex, a primeira no Brasil. Primeiramente, para elucidar, o filme não tem nenhuma sequência em 3D, como muitos esperavam ou imaginavam que veriam. Portanto, não vá ao cinema achando que vai ver o batmóvel do seu lado ou o caminhão com o Coringa caindo na sua cabeça.

E melhor dizendo, IMAX não significa 3D – para esclarecer de uma vez [no início da exibição fui abordado por um espectador que perguntou sobre os tais óculos]. Isso ficou, de certa forma, confuso devido às promessas de filmes neste formato nas salas de projeção IMAX, como a Viagem ao Fundo do Mar e o prometido Harry Potter e o Enigma do Príncipe para julho, que tem 20 minutos em terceira dimensão.

A tecnologia

IMAX se trata de uma tecnologia de melhor projeção, qualidade de som e imagem. Os longas podem ser gravados apenas em filmes IMAX 15/70 ou em 3D e usar muitos efeitos computadorizados (CG). Os efeitos técnicos são todos superiores aos que estamos acostumados a ver – até nos grandes cinemas, como o Cinemark.

A tela tem 16 metros de altura por 22 de largura. A intenção é cobrir até a visão periférica do espectador – o que parece não ter sido seguido por aqui – e promover a interação com as imagens. Para que essa tela gigantesca seja preenchida por uma imagem límpida, os longas são gravados e impressos em filmes de 70mm (ou seja, o dobro dos costumeiros 35 mm).

São oferecidas, também, 48 estruturas por segundo, o que aumenta os detalhes de visualização – o dobro da média padrão. Os sistemas avançados de som usam 6 canais e, em alguns cinemas, pode-se usar um headset que fornece dois canais extras de som para cada espectador.

Aplicação em Batman

O que se falou desde o início, é que Nolan faria seis sequências – inclusive os seis minutos iniciais – com câmeras IMAX (que são imensas, com cerca de 106 quilos contra 18 das tradicionais). E fez! Em vários momentos do filme, você se sente parte da tela, mas nada que seja do outro mundo.

Algumas sequências parecem bem impressionantes, principalmente as das tomadas gerais de Gotham City. No momento em que Bruce/Batman se atira do topo de um prédio gigantesco chega a ser a angustiante, momento nada interessante para quem tem medo de altura. Outro ponto positivo são as cenas de ação, como a clássica perseguição do Coringa ao Homem-morcego. A brincadeira volta a ficar frustrante no momento das explosões, devido ao som estourado da sala. Se não fosse esse "detalhe", a apreciação seria bem maior.

Volto a dizer, toda essa estrutura IMAX seria assustadora de boa, se não fossem essas falhas. Não à toa é considera uma das menores salas do gênero no mundo. Se você está a fim de apreciar um cinema diferente, a investida é oportuna. Agora se você espera ver o filme nas condições verdadeiras para a tecnologia IMAX, é melhor comprar o DVD e assistí-lo no conforto da sua casa.

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Batman - O Cavaleiro das Trevas no IMAX não impressiona

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