(EFE) – As eleições legislativas realizadas hoje em Angola, as primeiras em 16 anos, transcorreram sem episódios de violência, embora com graves falhas de organização reconhecidas pelas próprias autoridades, disseram os observadores internacionais que acompanharam o pleito, reconheceu o residente da comissão eleitoral, Caetano de Sousa.

Na eleição, 8,3 milhões de eleitores elegeram 220 deputados para a Assembléia Nacional, na qual o governista Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) espera manter sua maioria.

A abertura das urnas estava prevista para as 7h (3h de Brasília), mas a maioria dos colégios eleitorais do país, sobretudo em Luanda, começou a funcionar com mais de uma hora e meia de atraso. O próprio presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que tentou votar na hora prevista para a abertura, só pôde fazê-lo às 8h40 no colégio da Cidade Alta da capital.

"Reconhecemos publicamente nossas deficiências, que fizeram com que em algumas províncias, particularmente em Luanda, alguns colégios eleitorais não tenham conseguido entrar em pleno funcionamento", disse Sousa.

Por sua vez, a chefe da missão de observação eleitoral da União Européia, Luiza Morgantini, disse em coletiva de imprensa que em algumas áreas de Luanda houve "problemas de organização e confusão". Segundo ela, o centro de votação onde esteve no começo da manhã era um "desastre" e não estava organizado.

No entanto, Morgantini, que lidera uma missão de mais de 100 observadores, ressaltou que "o povo está votando sem medo, sem intimidação e, das diferentes províncias nossos observadores, informam que a votação transcorre muito bem, com uma grande participação do eleitorado". Cerca de 70 mil policiais foram mobilizados para manter a segurança da votação.

Os 14 mil centros eleitorais fecharam às 19h (15h de Brasília). Os resultados oficiais do pleito, segundo fontes da Comissão Eleitoral, serão conhecidos na próxima semana, embora os primeiros dados devam ser divulgados no sábado ou no domingo.

Dos 220 deputados da assembléia anterior, eleita em 1992 e que teve uma legislatura de 16 anos, 129 eram do MPLA e 70 da Unita, enquanto as outras forças políticas do país não superavam os seis representantes.

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Angola: eleição é marcada por tranquilidade e falhas

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