Hato está otimista e acredita que, desta vez, o projeto irá para frente. “Luto por isso desde 2001. Agora, temos 50 vereadores a favor e apenas 5 contra. Se tudo der certo, vamos aprovar o projeto em fevereiro”. E para quem tem só uma moto para transportar toda a família, ele aconselha: “Comprem outra moto, ou então peguem um ônibus. Com certeza é mais seguro”.

Em contrapartida, o Presidente do Sindicato dos Motoqueiros, Aldemir de Freitas, o Alemão, afirma que fará de tudo para derrubar o projeto. “Essa lei é inconstitucional e eleitoreira. Hato só quer aparecer, aproveitar-se desse projeto para conseguir votos. Se ele quer realmente ajudar a população, por que não investe em segurança? Isso tudo me dá nojo”, desabafa. E completa: “Se ele levar isso adiante, vamos paralisar São Paulo”.

Ao contrário do vereador, Alemão diz acreditar que 70% dos motoqueiros usem a garupa, sendo a maior parte “pais de família e maridos que levam suas mulheres ao trabalho”. “Está na lei: cada moto pode transportar 2 passageiros. Ele não deveria criar barreiras, e sim incentivar o uso do veículo que, além de mais barato, diminui consideravelmente o trânsito”, conclui.

Discussões à parte, é fato que o vereador deveria tomar cuidado em suas declarações. Se 70% dos motoqueiros usam a garupa, e não apenas 3%, é provável que haja uma resposta por parte da classe. Afinal, investir na segurança poderá trazer resultados muito mais significativos que censurar um direito do cidadão.


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Alemão, do Sindicato, promete barulho contra a lei