(da redação) O presidente recém-empossado do Paraguai, Fernando Lugo, indicou para o Ministério de Assuntos Indígenas uma mulher que alega ter sido capturada na aldeia em que nasceu e transformada em escrava ainda na infância.

Pela primeira vez na história paraguaia um indígena foi indicado para cargo tão expressivo. Margarita Mbywangi, a nova ministra, prometeu proteger as comunidades indígenas de seu país, mas sua aceitação não é unânime entre todas as tribos nativas do país. Alguns temem que ela dê mais privilégios à sua própria tribo.

Mbywangi coloca como suas prioridades o direito dos inígenas à terra e a proteção das florestas do país. Sem ter uma educação formal bem construída, ela ainda hoje estuda para conseguir um diploma equivalente ao do ensino médio brasileiro, aos 46 anos de idade. Seu histórico como ativista é longo e está constantemente ligado a lutas pela proteção dos interesses de sua tribo, os Aches.

Fernando Lugo, o novo presidente foi eleito de forma surpreendente, rompendo com mais de 60 anos de dominação do Partido Colorado. Uma de suas bandeiras foi a de respeitar a importância e o peso das comunidades indígenas para o Paraguai. Dados oficiais indicam que aproximadamente cem mil paraguaios pertencem às 400 comunidades indígenas do país e a língua guarani ainda é muito usada.


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A escrava que virou ministra

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