(Por Camila da Rocha Mendes) Após sete meses consecutivos de crescimento, o volume de vendas no comércio varejista do país caiu 0,3% em outubro na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Já na comparação com outubro de 2007, sem ajuste sazonal, o volume de vendas do varejo cresceu 10,1%; enquanto no acumulado deste ano (janeiro a outubro) houve alta de 10,4%.

 

Segmentos

 

Ainda na passagem mensal, os segmentos mais atingidos foram veículos, motos, partes e peças (-19,9%) e tecidos, vestuário e calçados (-4,4%), além de material de construção (-1,9%); combustíveis e lubrificantes (-1,1%); móveis e eletrodomésticos (-0,9%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%).

 

Apenas três segmentos registraram expansão: livros, jornais, revistas e papelaria (3,6%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%).

 

Já no confronto com outubro do ano passado, todas as áreas apresentaram crescimento, sendo que as maiores altas de vendas foram em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,4%) e móveis e eletrodomésticos (15,8%).

 

Receita

 

Se por um lado as vendas diminuíram em volume, por outro a receita do comércio aumentou, em virtude queda do preço dos alimentos, que vem estimulando o crescimento da demanda, explica o comunicado do IBGE.

 

A receita nominal de vendas no comércio subiu 0,1% em outubro na comparação com setembro. Em relação a outubro de 2007, a receita teve expansão de 16,7%, com destaque para o setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. O avanço de 7,4% nas vendas desse segmento ajudou a alavancar a receita do comércio e corresponderam a 35,7% do total.

 

São Paulo

 

Outra pesquisa, da Fecomercio (Federação do Comércio), revelou que na região metropolitana de São Paulo o comércio teve queda no faturamento real em outubro, de 6,8% em relação ao mês anterior.

A Fecomercio destacou que a retração em outubro foi influenciada pelo segmento de concessionárias de veículos, principalmente de carros usados de baixo valor, que diminuiu o ritmo de vendas com a menor oferta de crédito. Para a entidade, a expectativa é de que as quedas continuem em segmentos isolados, principalmente no das concessionárias, mas que as vendas sigam firmes em outras áreas do comércio, como nos segmentos de vestuário, tecidos e calçados.

 

Já no acumulado do ano, as vendas apresentaram evolução de 4% e, mesmo com os efeitos negativos da crise global que afetam o varejo desde o terceiro trimestre, a Fecomercio acredita que as vendas cresçam 3% neste ano em comparação com 2007.


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Vendas no varejo têm leve queda

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