Rod Cauhi entra para a HungryMan e leva experiência com IA ao cinema publicitário global (Foto: Divulgação)

O diretor Rod Cauhi é o novo nome brasileiro no casting da HungryMan, uma das maiores produtoras de filmes publicitários do mundo. O convite veio após uma sequência de projetos que chamaram atenção do mercado internacional, incluindo o curta Lunar Pilot: Dark Side of the Moon, vencedor do Metamorph AI Awards, em Londres.

Nascido em Uberaba (MG), Rod Cauhi começou a carreira no interior e foi construindo sua linguagem com base em experimentação, estudos técnicos e um olhar pessoal para imagem. A chegada à HungryMan não foi algo planejado, segundo ele. “Veio como surpresa, mas fez sentido com tudo o que venho desenvolvendo”, afirma.

Conhecida por apostar em filmes com alto impacto criativo, a produtora americana já trabalha com nomes consagrados da direção. Para Cauhi, entrar para esse time representa uma nova etapa profissional sem abandonar o que trouxe até aqui. “Estou interessado em explorar formatos híbridos: direção clássica com ferramentas de IA, sempre com foco na narrativa.”

Lunar Pilot, o projeto premiado, recria o pouso na Lua com estética inspirada em filmes 35mm e detalhes gerados com inteligência artificial. “A imagem da bota na poeira sempre me marcou. Usei a IA como ferramenta para alcançar algo que, com câmera, seria inviável”, explica.

O filme chamou atenção pelo equilíbrio entre recurso técnico e intenção artística algo que Cauhi defende como ponto central do seu trabalho. “A IA não resolve nada sozinha. Ela só funciona se você souber o que quer dizer.”

A entrada na HungryMan vem acompanhada de novos projetos e da vontade de ampliar o alcance do que ele chama de “direção com intenção”. Ainda em conversas iniciais, os trabalhos futuros devem misturar referências publicitárias com estética de cinema independente.

Apesar da conquista, o diretor não romantiza os caminhos. “Venho do interior e sei o quanto é difícil acessar o mercado. Mas hoje existem mais ferramentas, mais possibilidades. O importante é começar com o que se tem e não perder a curiosidade.”


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