(Por Camila da Rocha Mendes) As três maiores montadoras de automóveis dos Estados Unidos – General Motors, Ford e Chrysler – apresentaram nesta terça-feira (2) ao Congresso dos Estados Unidos uma proposta de plano de resgate que soma US$ 34 bilhões.

 

No último dia 20 de novembro, os líderes do Senado e da Câmara dos Representantes haviam dado como prazo o dia 2 de dezembro para que elas apresentassem um projeto para que este fosse colocado em votação no Congresso do país.

 

Nos planos entregues ao Congresso, a GM e a Chrysler apelaram afirmando que precisam imediatamente de ajuda para sobreviver até o fim do ano e ressaltaram que se forem à falência, arrastarão toda a indústria automobilística norte-americana.

 

Toma lá da cá

 

Em troca dos empréstimos, as montadoras se comprometem, no plano sugerido, a cortar gastos, a reduzir dívidas e a investir em energias limpas. Além disso, a Ford e a General Motors propuseram que as remunerações anuais de seus diretores-executivos passem a ser de apenas US$ 1 caso o Congresso aprove a ajuda emergencial – o chefe da Chrysler já recebe essa quantia simbólica. Para se ter uma idéia, o executivo-chefe da Ford, Alan Mulally, tinha um salário de 2 milhões de dólares e compensações de 21,7 milhões em 2007.

 

As vendas das três montadoras caíram significativamente no último mês, pois consumidores estão gastando menos por causa da crise econômica. A Ford viu a comercialização de seus veículos caírem em novembro 31% em relação ao mesmo período de 2007, enquanto as vendas da GM diminuíram 41% neste mês e as da Chrysler 47%.

 

Casa Branca

 

Apesar da situação perigosa em que se encontram as montadoras, a Casa Branca já sinalizou que tem outras prioridades no momento e a análise do projeto do setor automotivo deve demorar a ser votado.

 

"Nós não faremos avaliações de qualquer plano das montadoras até que tenhamos chance de ver todos os detalhes das propostas, e isso levará tempo", disse Tony Fratto, porta-voz da Casa Branca, à imprensa internacional. 


int(1)

Montadoras voltam a pedir ajuda a governo dos EUA