Desde quando a leitura de textos portugueses é um empecilho para nós (e vice-versa)? A partir de que momento uma mudança na língua, por lei e não por força do uso de seus falantes, pode ser tomada como fortalecimento dela? Como se pode falar em unificação ortográfica visto que ainda haverá diferenças na ortografia?

Por que o inglês, que tem duas ortografias (a americana e a britânica), não enfrenta os mesmos “problemas” ? O que farão com todos os livros e dicionários das bibliotecas e escolas que, teoricamente, estariam desatualizados?

O mercado editorial se fortalecerá com as aquisições que precisarão ser feitas por alunos e professores. Estes seriam apenas alguns poucos questionamentos que podem não necessariamente nos conduzir a uma tomada de posição, mas que indicam que, como em quase tudo na vida, há muitos interesses em jogo.

*Carolina Yokota de Paula Lima é Mestre na área de Linguagem e Educação (USP) e professora de Língua Portuguesa do Colégio Humboldt.


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Mecado editorial vai lucrar com mudança, diz professora