(Por Camila da Rocha Mendes) Os efeitos da crise financeira internacional estão se espelhando cada vez mais pelos setores da economia mundial e não deixaram imunes nem os mais abastados. Segundo matéria publicada no jornal francês La Tribune, entre as famílias mais ricas da França que perderam dinheiro, estão os executivos dos dois principais conglomerados de luxo do globo: Bernard Arnault, presidente do grupo LVMH (Louis Vuitton Moet Hennessy) e François Pinault, presidente do PPR (Pinault-Printemps-La Redoute).

 

De acordo com o jornal, Arnault perdeu cerca de 17,4 bilhões de euros e, por conta disso, sua fortuna estaria agora avaliada em 13.1 bilhões. Já Pinault, perdeu 2,9 bilhões de euros, restando-lhe agora 2.6 bilhões.

 

A PPR inclusive quase não conseguiu fechar o balanço do trimestre no azul. A holding vendeu apenas 1.7% a mais do que no exercício anterior, por conta das vendas caídas de apenas três de suas 10 marcas: Yves Saint Lauren, Puma e Gucci. Além dessas, a PPR é dona das grifes Alexander McQueen, Bottega Veneta e Stella McCartney. Já o LVMH, controla as marcas Donna Karan, Dior, Givenchy, Louis Vuitton, Kenzo e Marc Jacobs.

 

 

Corta tudo

 

As notícias de prejuízos e falências entre grandes instituições abriram os olhos também do alto luxo e da moda. Diversas marcas de prestígio já anunciaram redução de preços, para evitar maiores perdas. Isto porque, segundo o jornal, duas grandes redes de produtos de luxo norte-americanas já revelaram que o setor não está imune a crise econômica mundial.

 

As vendas nas lojas luxo Neiman Marcus diminuíram 28% no mês de outubro, quando comparadas ao mesmo período do ano passado, assim como as lojas da Saks Fifth Avenue que registram no mês passado uma queda de 17%.

 

A primeira a fazer cortes foi a francesa Chanel, no início de outubro. Na sequência, Dolce & Gabbana, Versace e Chloé fizeram o mesmo. Os produtos dessas empresas ficaram, em sua maioria, de 7% a 10% mais baratos, de acordo com reportagem do jornal The Wall Street Journal. Alguns representantes destas marcas disseram que a estratégia de promover o “saldão” é inédita.

 

 


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Crise também chega ao mercado de luxo