Alejandro Sabella chega à seleção argentina com uma breve, mas sólida carreira como técnico, que chegou ao seu ápice com o Estudiantes de La Plata, campeão da Taça Libertadores de 2009 e do Torneio Apertura de seu país, um ano depois.
Sabella, de 56 anos, é um homem simples, educado e que mede suas palavras. O novo técnico da seleção argentina foi um excelente meia, que surgiu nas categorias de base do River Plate na década de 1970. Vários anos no banco de reservas fizeram com que ele fosse para o Sheffield United, em 1978, no qual atuou por dois anos até ser contratado pelo Leeds United.
O Estudiantes de La Plata lhe repatriou em 1981 para formar uma das maiores equipes da história desse clube, no qual, dirigido por Carlos Bilardo, ganhou dois títulos.
Após uma breve participação na seleção argentina, Sabella jogou entre 1985 e 1986 no Grêmio. Em 1987, retornou ao Estudiantes, passou depois pelo Ferro Carril Oeste, da Argentina, e, em 1989, pendurou as chuteiras no Irapuato, do México.
Como treinador, imediatamente vinculou sua carreira ao seu melhor amigo, Daniel Passarella, de quem foi assistente nas seleções da Argentina (1994-1998) e Uruguai (1999-2001), no Parma, da Itália, no Monterrey, do México, no Corinthians e River Plate.
“Minha amizade com Daniel me impedia de virar técnico efetivamente”, confessou uma vez o treinador.
Somente quando Passarella se dedicou à atividade política, Sabella se lançou sozinho à aventura de técnico. Daí, ele assumiu o Estudiantes em março de 2009 e poucos meses depois levou a equipe da cidade de La Plata ao título da Libertadores.
Após a saída de Diego Maradona do comando da seleção argentina, o nome de Sabella foi sugerido para substituí-lo, mas a Associação do Futebol local (AFA) acabou optando por Sergio Batista.
No final do ano passado, Sabella conquistou seu segundo título como treinador ao se sagrar campeão do Torneio Apertura argentino com o Estudiantes. Em fevereiro deste ano, dez dias antes do começo do Clausura, ele pediu demissão, sem dar motivos.
Alejandro Sabella tinha previsto viajar na semana passada para os Emirados Árabes para assumir o Al-Jazira, mas um telefonema da AFA fez com que ele ficasse na Argentina. Tinha chegado a hora de assumir o comando da seleção argentina.