O americano Gore Vidal, escritor, romancista, ensaísta e roteirista de cinema, morreu nesta terça-feira em sua casa em Los Angeles (Estados Unidos), aos 86 anos de idade, informou a imprensa local.
Vidal faleceu devido às complicações geradas por uma pneumonia, segundo indicaram vários meios da imprensa americana, que citam fontes familiares do autor de Juliano, Apóstata e Hollywood, entre outras diversas obras.
Como roteirista de cinema, Vidal escreveu os textos de Calígula (1979) e Paris Está em Chamas? (1966), tendo muito sucesso também como autor de peças de teatro.
Candidato eterno ao Nobel da Literatura, Vidal era primo de Al Gore e meio-irmão de Jacqueline Kennedy.
Gore Vidal era considerado um dos intelectuais americanos mais críticos à política oficial de seu país, junto a Susan Sontag, Noam Chomsky e Norman Mailer. Ao lado de Mailer e Truman Capote, também era tido como um dos melhores escritores e pensadores dos Estados Unidos.
Vidal foi um ávido escritor e frustrado político cuja produção literária girou em torno do romance histórico, da sátira sobre o estilo de vida dos americanos e da ficção científica.
Em 1993, obteve o Prêmio Nacional do Livro dos Estados Unidos por seu ensaio United States Essays, 1952-1992.
No campo da política, Vidal não conseguiu o mesmo sucesso. Nos anos 60, teve um papel muito ativo dentro das fileiras mais liberais do Partido Democrata e se apresentou sem sucesso para o posto de congressista pelo estado de Nova York.
Entre 1970 e 1972, presidiu o People’s Party (de tendência liberal), e em 1982 se apresentou como senador pela Califórnia e ficou perto de conquistar uma cadeira no Congresso ao obter mais de 500 mil votos.