A Argentina completou nesta terça-feira quatro partidas seguidas sem vencer a Bolívia ao empatar em 1 a 1 em partida disputada no estádio Hernando Siles, em La Paz, em partida válida pela 12ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, mas mesmo assim está muito próxima de confirmar presença na Copa do Mundo de 2014.

A bicampeã mundial soma agora 24 pontos, cinco a mais que a segunda colocada, a Colômbia, que ainda hoje enfrentará a Venezuela, também fora de casa. Para não depender de outros resultados, os argentinos precisam de duas vitórias em cinco partidas para carimbar a vaga no Mundial.

Por sua vez, a Bolívia chegou a nove pontos, em penúltimo lugar, à frente apenas do Paraguai, que tem oito e nesta terça encara o Equador em Quito.

Na última vez em que havia visitado La Paz, em 2009, a ‘albiceleste’ havia sido atropelada, perdendo por 6 a 1. De lá para cá, houve outros dois jogos além do de hoje, um pela Copa América de 2011 e outro por essas Eliminatórias, ambos na Argentina. Em ambos, o placar também foi de 1 a 1.

Nem mesmo o fator altitude, que costuma ser decisivo, tem ajudado os bolivianos, que nessa classificatória entraram em campo seis vezes como mandantes e colheram duas vitórias, dois empates e duas derrotas.

A seleção da casa ao menos manteve um tabu e continua sendo a única da América do Sul a não ter sofrido um gol de Lionel Messi. O melhor do mundo sentiu a altitude e teve atuação discreta.

Sem contar com o atacante Sergio Agüero, machucado, o técnico Alejandro Sabella montou uma equipe bastante cautelosa, com três zagueiros e dois volantes. Até Messi atuou um pouco mais recuado que de costume, e Rodrigo Palacio ficou isolado na frente.

Na Bolívia, o comando do ataque ficou por conta de Marcelo Moreno. A base do time também é conhecida de alguns torcedores brasileiros, já que é formada pelo The Strongest, que disputa a Taça Libertadores e está no mesmo grupo que São Paulo e Atlético-MG.

Como já era esperado desde a divulgação das escalações, foi a Bolívia quem tomou o controle das ações no começo. Aos oito minutos do primeiro tempo, Chumacero adiantou pelo alto para Bejarano, que chutou em cima do goleiro. Ele ainda ficou com o rebote, mas mandou por cima do gol.

A ‘albiceleste’ conseguiu encaixar um bom contra-ataque aos 18, quando Di María, que voltou de suspensão e substituiu Walter Montillo, do Santos acelerou com espaço pela esquerda e rolou para Palacio, que, cara a cara, chutou em cima do goleiro Galarza.

Um minuto depois, a seleção anfitriã respondeu com Saucedo, que aproveitou levantamento da direita e cabeceou para fora.

Fazendo valer o domínio, a Bolívia abriu o placar aos 25 minutos. Chumacero, um dos jogadores do Strongest em campo, cruzou na medida para Marcelo Moreno, que cabeceou no canto direito.

Di María era um dos poucos argentinos que conseguiam jogar. Aos 35 minutos, o meia do Real Madrid recebeu ótimo passe de Palacio, arrancou pela esquerda e concluiu tirando tinta da trave esquerda.

O primeiro tempo esquentou a partir daí, e os minutos finais foram de muita emoção. Aos 41, Cardozo fez linda jogada individual, cortou da direita para o meio e encheu o pé, vendo a bola sair muito perto da trave.

Mesmo como “um peixe fora da água” jogando na altitude, a Argentina mostrou que técnica aparece em qualquer lugar e empatou. Com muita calma e categoria, Clemente Rodríguez ajeitou e cruzou da esquerda. Sem sequer precisar saltar, Banega marcou também de cabeça, aos 43.

A segunda etapa foi mais truncada, principalmente no início. E, quando um bom lance surgia, a finalização era ruim. Foi o que aconteceu aos três minutos, quando Bejarano foi acionado por Cardozo e tocou para trás. Saucedo apareceu para completar e bateu pela linha de fundo.

Tentando ficar um pouco mais com a bola, a Argentina trocava alguns passes. Aos 12, Banega tabelou com Di María e bateu para grande intervenção de Galarza. Messi ainda teve o rebote, mas arrematou à esquerda da meta.

Dada a forte marcação dos dois lados, o jeito era improvisar. Foi o que Mascherano fez aos 23 minutos. O volante do Barcelona percebeu o goleiro adiantado e arriscou do meio de campo, errando o gol por pouco.

Recebendo pouco a bola, Messi pôde aparecer em cobrança de falta, aos 32 minutos. O melhor do mundo buscou o canto esquerdo e Galarza se atrapalhou, mas fez a defesa.

O último lance de perigo a favor da Argentina, ocorrido aos 39 minutos, também parou nos pés do craque, que, no entanto, fez feio. Após passe errado de Raldes, o atacante ficou na cara de Galarza, mas acertou o goleiro.

A Bolívia também assustou mais uma vez, aos 44. Veizaga levantou da direita, Campagnaro tentou cortar e quase fez gol contra. Mas, para alívio da líder das Eliminatórias, a bola foi para fora.


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Argentina volta a tropeçar na altitude, mas empata e se aproxima da Copa