O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (5), às 14h, o julgamento do inquérito que investiga o suposto esquema do mensalão mineiro. Na ação, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é acusado pela Procuradoria-Geral da República de peculato e desvio de recursos públicos durante campanha de reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998.
Na quarta-feira (4), o relator, ministro Joaquim Barbosa, deu um voto parcial pela aceitação da denúncia contra Azeredo por crime de peculato. Nesta quinta ele deve se pronunciar sobre a acusação de lavagem de dinheiro. Se a maioria dos 11 ministros aceitar a denúncia, será instaurada ação penal contra o senador.
Joaquim Barbosa disse que “há indícios, ainda que provisórios, que apontam para a atuação dolosa de Azeredo” no esquema de desvio de recursos, que envolvia pessoas “de plena confiança” do então candidato à reeleição.
A denúncia aponta que o esquema do mensalão mineiro permitiu o financiamento da campanha com recursos públicos de empresas como a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), a Comig (Companhia Mineradora de Minas Gerais) e o Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais).
O senador Eduardo Azeredo nega a existência do esquema.