O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (13) que a queda do desmatamento na Amazônia entre agosto de 2008 e julho de 2009 não teve influência da retração econômica por causa da crise mundial.
De acordo com dados devulgados ontem (12), o desmatamento registrado na região foi o menor nos últimos 21 anos, afetando cerca de 7 mil quilômetros quadrados. A redução é de 45,2% na comparação com o último período.
Para Calos Minc, foram as medidas governamentais, como o corte de crédito para produtores irregulares do ponto de vista ambiental e fundiário, o controle da cadeia produtiva da soja, fiscalização e combate ambientais que mostraram eficácia.
A crise começou a influir a partir de dezembro. A queda do desmatamento começou em junho, portanto seis meses antes, afirmou o ministro após o lançamento do Parque Fluvial do Rio Macabu, na região serrana do Rio.
Quando o desmatamento aumenta, a culpa é nossa, mas quando diminui dizem que é a crise. Então, vamos ser um pouco mais sérios, ironizou. De acordo com o ministro, o próximo desafio para conter o desmatamento na floresta é o controle da atividade pecuária na região.
Questionamento
Na avaliação do diretor da organização Amigos da Terra Amazônia Brasileira, Roberto Smeraldi, em entrevista para o Globo Amazônia, a crise econômica provocou uma queda na procura por produtos agropecuários, o que desestimulou fazendeiros a desmatar novas áreas.
Segundo Smeraldi, 16 frigoríficos na Amazônia fecharam ou suspenderam suas atividades no período avaliado, entre agosto de 2008 e julho de 2009, justamente o período no qual a economia brasileira registrou maus resultados.