Um juiz da Costa Rica aceitou nesta sexta-feira a denúncia pendente contra três guarda-costas que teriam atirado em dois fotógrafos após o casamento da modelo brasileira Gisele Bündchen com o jogador de futebol americano Tom Brady, em 2009.
Em uma audiência preliminar realizada nesta sexta-feira no Juizado Penal da província de Puntarenas (Pacífico), cerca de 115 quilômetros ao sudoeste de San José, o juiz Hernán Salazar decidiu levar o caso a julgamento, para uma data que ainda será definida nos próximos meses.
O fotógrafo da agência de notícias francesa “AFP” Yuri Cortez explicou nesta sexta-feira à Agência Efe que, durante a audiência, os três réus, de nacionalidade costa-riquenha, ofereceram um acordo de conciliação no valor de 100 mil colons (R$ 315).
Cortez, que qualificou essa oferta como “uma piada”, disse sentir-se “satisfeito” com a decisão do juiz de aceitar a denúncia, o que significa que o caso será levado a julgamento. Para ele, seu único desejo é que “prevaleça a justiça”.
Os guarda-costas, pertencentes à empresa de segurança privada Avahuer, da Costa Rica, serão acusados pelo crime de tentativa de homicídio. Foram identificados como Miguel Solís, Alexander Rivas e Manuel Valverde.
Os fotógrafos também pedirão no julgamento uma indenização próxima a US$ 300 mil.
O incidente a ser julgado ocorreu em abril de 2009 em Santa Teresa, província de Puntarenas, quando Cortez e Rolando Avilés, fotógrafo naquela época do diário costa-riquenho “Al Día”, foram interceptados na via pública por guarda-costas de Gisele e Brady.
Os guarda-costas exigiram aos fotógrafos que entregassem as fotos que haviam tirado do casamento. Após resistirem, os fotógrafos, que não entregaram o material, entraram em um veículo e, quando se afastavam da área, receberam tiros que chegaram a estilhaçar o vidro traseiro do carro, segundo o relato de Cortez.