Tratamentos estéticos na adolescência: quando é o momento certo? (Foto: Divulgação)

Com a crescente busca por procedimentos estéticos entre os jovens, a realização de tratamentos em adolescentes levanta um debate importante. Recentemente, a discussão voltou à tona após a repercussão da notícia de que Duda Guerra, nora de Angélica e Luciano Huck, revelou ter feito intervenções estéticas no rosto e colocado próteses de silicone nos seios aos 16 anos de idade. O caso gerou polêmica e trouxe à luz a necessidade de um olhar mais atento para os limites e recomendações na realização de procedimentos em menores de idade.

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O cirurgião plástico Dr. Regis Ramos compartilhou sua visão sobre o assunto e destacou que, embora a recomendação geral seja evitar intervenções invasivas em adolescentes, há situações excepcionais. “Em casos onde o adolescente sofre bullying severo por conta de sua aparência, é necessário considerar a saúde mental e o bem-estar do jovem antes de tomar qualquer decisão. Alguns procedimentos podem ser realizados, desde que a decisão seja bem fundamentada e aprovada por todos os envolvidos”, afirma o especialista.

Pontos cruciais a serem considerados antes de qualquer procedimento estético em adolescentes:

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1. Avaliação Psicológica:

Antes de tudo, é fundamental que o profissional realize uma avaliação psicológica para entender o impacto emocional que a condição física do adolescente está gerando. O objetivo é garantir que o tratamento seja feito de maneira holística, priorizando a saúde mental do jovem.

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2. Consentimento dos Pais ou Responsáveis:

O consentimento dos pais ou responsáveis é imprescindível. “Eles precisam estar informados sobre todos os aspectos do procedimento e apoiar a decisão do adolescente”, enfatiza Dr. Regis.

3. Escolha do Procedimento:

A escolha do tipo de tratamento também é essencial. Dr. Regis recomenda, preferencialmente, procedimentos menos invasivos e de menor risco, como:

• Limpeza de pele: um tratamento facial básico que ajuda a remover impurezas e cravos, bastante comum entre adolescentes.

• Peeling químico leve: utilizado para melhorar a aparência da pele, tratando acne e manchas, mas deve ser administrado com cautela em jovens.

• Tratamentos para acne: como terapia fotodinâmica ou lasers específicos, que combatem a acne de maneira eficaz e com resultados satisfatórios.

Por outro lado, intervenções mais complexas, como rinoplastia, lipoaspiração, prótese de silicone e harmonização facial, devem ser abordadas com extrema cautela. “Esses procedimentos envolvem maiores riscos e impactos físicos, e é necessário avaliar cuidadosamente a maturidade emocional do adolescente e o apoio familiar”, alerta Dr. Regis.

O recente caso de Duda Guerra reacendeu o debate sobre a idade ideal para intervenções estéticas, levantando questionamentos sobre os limites éticos e as possíveis consequências de realizar procedimentos invasivos em uma fase de desenvolvimento. “Em última instância, a decisão deve sempre considerar o bem-estar do adolescente a longo prazo, evitando tratamentos que possam comprometer seu desenvolvimento físico ou causar arrependimentos futuros”, conclui Dr. Regis Ramos.


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Tratamentos estéticos na adolescência: quando é o momento certo?