A internet brasileira anda engajadíssima por conta da ação das mulheres pelo fim da cultura do estupro. Está por fora? Separamos alguns posts nas mídias sociais para que você entenda um pouco melhor o que está rolando.

Primeiro, no fim de outubro, rolou o ABSURDO dos comentários pedófilos no Twitter feitos para uma candidata de 12 anos  do programa MasterChef Júnior da TV Bandeirantes.

 

Tuite do caso Master Chef Júnior

 

A reação foi contundente: nas redes sociais, o grupo @ThinkOlga  que discute questões feministas lançou a hashtag #meuprimeiroassedio e milhares de mulheres contaram suas primeiras experiências com abusos e assédios para mostrar que não se tratava de um caso isolado.

  A sempre bem humorada Julia Tolezano do canal do  YouTube JoutJout Prazer fez um vídeo resumindo a revolta gerada pelos comentários no Master Chef Junior, além de convocar as mulheres para não se calarem e prestarem atenção na campanha #meuprimeiroassedio. Bombou!   O Facebook Jout Jout Prazer chegou a ficar fora do ar por dois dias, segundo ela, por conta da ação de grupos misóginos que denunciaram a página como fake, mas retornou na tarde desta quarta-feira (4).  

a volta de jout jout prazer

Durante o calor da campanha #meuprimeiroassedio,  a web brasileira veio abaixo novamente com a notícia do tema da redação da prova do ENEM: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Aqui no Virgula, dizer que a gente vibrou com o tema é pouco.

 

INEP ANUNCIA REDAÇÃO DO ENEM

  Aproximadamente 5,7 milhões de estudantes debateram direitos das mulheres por conta da redação. enem_maria_da_penha_   Inspiradas pelo ENEM, houve mobilização das mulheres contra o Projeto de Lei n. 5069/2013  que tenta restringir atendimento hospitalar às vitimas de estupro e reduzir o entendimento legal de violência sexual. “Pisa ligeiro, pisa ligeiro, quem não pode com a formiga não atiça o formigueiro”, cantavam as militantes.   Na sequência de mobilizações, esta semana a hastag #AgoraÉQueSãoElas foi lançada para que homens com espaço na mídia cedessem o lugar em blogs e colunas para que as mulheres falem sobre  igualdade e direitos.    

Por fim, o vídeo “Meu Corpo, Minhas Regras” é uma resposta às agressões que a página do filme “Olmo e a Gaivota” recebeu após a participação da cineasta brasileira Petra Costa, responsável pelo longa-metragem, no Festival do Rio, em outubro.

Petra recebeu o prêmio de melhor documentário 2015 usando peruca azul que simboliza a protagonista do filme (Olivia). Dedicou o prêmio à sua mãe e às mulheres.
“Em breve eu espero que, no Brasil, toda a mulher tenha soberania total sobre o próprio corpo — seja pra rejeitar uma gravidez, interromper com o aborto (que já é legal há mais de 40 anos na França, nos Estados Unidos, em Cuba), seja pra mergulhar nela como é no caso do nosso filme e ter todos os direitos pra fazer isso da melhor forma. Espero também que nenhuma mulher brasileira sofra machismo verbal ou físico, desde a presidenta, às cineastas, às atrizes, às domésticas”, discursou Petra.
“Olmo e a Gaivota” é um mix de documentário e ficção que conta a história de uma atriz de teatro que descobre que está grávida prestes a estrear um espetáculo.
O vídeo resposta para as agressões na página do filme foi realizado por  Petra e o coletivo “As Gaivotas” e conta com a participação de diversas estrelas como os atores Alexandre Borges, Julia Lemmertz, Bruna Linzmeyer e Nanda Costa, entre outros, falando sobre gravidez e aborto.

Meu Corpo, Minhas Regras

E você? Participou de alguma dessas mobilizações?


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"Meu corpo, minhas regras": 10 posts para entender o feminismo que está bombando na web