Sete em 10 brasileiros ainda priorizam prevenção contra Covid ao viajar (Foto: Freepik)

Durante a pandemia, o setor de turismo foi um dos mais impactados. Mas uma vez superada a fase de confinamento, a retomada aconteceu em etapas até que 2022 se consolidou como o ano da volta à normalidade. Para analisar as tendências, comportamentos e preferências dos turistas nessa nova realidade pós-Covid, a agência de comunicação MARCO divulgou novos dados da pesquisa “O Comportamento do Consumidor Pós-Covid II”, com enfoque no setor.

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O estudo indica quais foram as prioridades no momento de escolha dos destinos para viajar em 2022. Para 87% dos respondentes brasileiros, é fundamental que o lugar seja divertido. Ao mesmo tempo, 79% buscam por destinos inéditos e ricos culturalmente. Já boa comida e experiências são relevantes para 77% dos entrevistados.

A estabilização da pandemia na maior parte do globo foi o ponto decisivo para a retomada do turismo em 2022. Em alguns casos, o setor chegou perto de recuperar os níveis pré-pandemia. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), no ano passado, a Europa recebeu 81% da média anual de viajantes internacionais que visitaram o continente em tempos pré-pandêmicos — percentual que representou cerca de 477 milhões de visitas. Já nas Américas, o índice chegou aos 65% da era pré-Covid.

Dentre turistas do mundo todo, o brasileiro está entre os que mais fortemente contribuem para a retomada do setor, pois muitos escolhem destinos longe de casa, com culturas e experiências ricas e inéditas. Prioridades como segurança predominam no público mais experiente, enquanto as gerações mais jovens buscam escolhas mais sustentáveis.

Ao todo, a pesquisa contou com mais de 14.200 consumidores entrevistados, abrangendo 14 países e três gerações, com faixas etárias que vão dos 18 aos 65 anos.

Mais experientes têm preocupação maior com a prevenção nas viagens

No quesito segurança em relação à Covid, a maioria dos brasileiros (71%) ainda se preocupa em seguir as normas de prevenção ao viajar. Esse percentual é ainda maior na geração X (nascidos entre 1965 e 1981), estrato em que 77% priorizam esse fator. No comparativo de gênero, 74% dos homens demonstram preocupação com o tema e 69% das mulheres fazem o mesmo.

Nas gerações mais jovens (de 18 a 25 anos), a prioridade no momento de viajar é um destino sustentável (66%) e até mesmo longe de casa (55%). Já para os entrevistados entre 26 e 40 anos, locais com opções de spa são a preferência da maioria (68%), enquanto mais da metade (57%) também opta por destinos com atividades esportivas.

Pacotes digitais: 60% compram viagens pela internet

Outra mudança entre os turistas está nos canais de vendas mais utilizados. Durante a pandemia, o consumidor voltou-se ao e-commerce e esse hábito permaneceu forte mesmo após a retomada das vendas físicas. A digitalização afetou também o turismo: de acordo com a pesquisa da MARCO, 60% dos respondentes brasileiros afirmam que os produtos que mais compram online são justamente passagens, dispensando a necessidade de se deslocar até as agências de viagens.

“Apesar de 2022 ter sido o ano do regresso à normalidade, muitos ainda consideram a segurança em relação à Covid um dos principais fatores no momento de escolher o próximo destino de férias. O fato de alguns países terem lidado melhor com a situação do que outros pode ser visto como fundamental para o tamanho do impacto da pandemia sobre o turismo em cada região no ano passado. Embora essa situação ainda exija atenção, vimos como o turismo voltou a crescer, atingindo níveis quase pré-pandêmicos, atraindo muitas pessoas para destinos menos conhecidos ou que têm mais a oferecer em termos de cultura e lazer”, diz Didier Lagae, fundador e CEO da MARCO.

“Ainda que o comportamento do consumidor esteja em constante transformação e os resquícios da pandemia tornem impossível medir todo o impacto provocado sobre a rotina das pessoas, a pesquisa confirma o quanto o mercado de turismo precisou lidar com uma demanda reprimida, especialmente entre os brasileiros. Destaque ainda para a crescente preocupação com a saúde e a segurança sanitária, que se tornou preponderante entre os viajantes em decorrência dos tempos de confinamento. Mais do que nunca, isso precisa estar no radar de toda a cadeia produtiva que atua no setor de turismo”, afirma Douglas Meira, Head América Latina e Country Manager Brasil da MARCO.

Sobre a pesquisa

A pesquisa “MARCO: O Comportamento do Consumidor pós-Covid”, realizada pela agência líder global de comunicação MARCO (www.marco.agency), analisou tendências de consumo em 14 mercados-chave. O trabalho de campo estendeu-se durante o período de maio a junho de 2022, com uma amostra total de 14.200 consumidores. A metodologia escolhida foi através de trabalho online com amostragem representativa baseada em marketing de permissão, com apoio da CINT (www.cint.com).

O primeiro estudo “MARCO: O Comportamento do Consumidor Pós-Covid” foi realizado em abril e maio de 2020 em seis países. A segunda edição incluiu mais oito países e ampliou o escopo de tópicos, como o aumento do consumo de marcas responsáveis, o consumo de mídia e a ascensão do metaverso; o crescimento do e-commerce e o uso de criptomoedas; além do setor do turismo e suas atuais motivações.

A pesquisa contempla grande parte do mercado europeu (Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha e Portugal); mercados-chave na África (Marrocos, África do Sul, Kênia e Costa do Marfim) e na América Latina (México, Brasil e Colômbia); e os Estados Unidos.

O relatório completo da pesquisa, realizada pelo departamento de pesquisa da MARCO em parceria com a CINT, pode ser acessado através do link www.themarcosurvey.com.


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Sete em 10 brasileiros ainda priorizam prevenção contra Covid ao viajar

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