O pastor americano Steven L. Anderson foi proibido de entrar em 26 países da Europa, além da Irlanda, por causa de seu discurso de ódio contra gays, negros e pessoas de outras religiões.
Steven se apresentaria em uma convenção em Amsterdã, na Holanda, na próxima semana, mas o secretário de justiça barrou sua entrada no país. “Tomamos medidas contra extremistas que espalham suas convicções sem respeitar as liberdades do outro, além de incitarem ódio e violência”, disse Mark Habers. Com isso, ele não tem autorização para entrar nos 26 países da União Europeia membros do Tratado de Schengen.
O pastor também passaria por Dublin, na Irlanda, país que está fora do Tratado, no próximo dia 26 de maio, mas uma petição online assinada por mais de 14 mil pessoas chegou ao governo local. “Impeçam que Anderson venha promover seu ódio na Irlanda. Não há espaço para isso aqui”, dizia a petição.
O Ministro da Justiça, Charlie Flanagan, acatou o pedido e decretou proibida a entrada do americano na ilha europeia. A lei que permite esta ação foi criada há 20 anos e nunca havia sido acionada. “Ela permite ordens deste tipo se for interesse nacional de segurança e política públicas”, explicou o ministro ao site Irish Times.
Steven Anderson é o fundador de uma igreja que leva seu nome no Arizona, Estados Unidos. Ele é conhecido pelo radicalismo contra minorias. Publicamente, já disse que faz orações pela morte do ex-presidente Barack Obama por ele ser negro e não acredita que o Holocausto tenha sido uma tragédia. Além disso, também causou enorme polêmica ao agradecer a Deus pela ação do atirador que matou 49 pessoas em um massacre numa boate LGBT, na Flórida, em 2016.