Quando a União Soviética entrou em colapso, alguns sofreram mais do que outros. Conhecidos como parte sudeste da Moldávia, que decidiu se manter fiel aos ideais comunistas, a região se declarou um país à parte, chamado Transnístria.
A fotógrafa Julia Autiz ouviu sobre o local e foi até lá para investigar como tudo funciona por lá. “Eu queria ver como era viver em um país que não tem futuro certo”, disse à Huck Magazine.
O que ela encontrou foi uma autoproclamada república com sua própria moeda, controles de fronteira, um parlamento, um hino nacional e cidadania.
No entanto, todas essas coisas não são reconhecidas pelo mundo exterior ou mesmo pela Rússia, que é vista como um farol de esperança entre os moradores locais, que sonham com um futuro melhor.
Porém, há quem não tenha escolhido viver uma vida de reclusão, como os jovens da Transnístria. “Muitos dos jovens querem deixar o ‘país’, porque é incrivelmente difícil encontrar trabalho que pague o suficiente, sem contar que os diplomas da Universidade de lá não são reconhecidos fora do país. Então, muitos me disseram que gostariam de estudar fora, na Rússia”, contou Julia.
Em Março de 2015, durante a crise da Ucrânia e anexação da Crimeia, o governo da Transnístria pediu para se tornar parte da Rússia, o que eventualmente não aconteceu, o que deixa a imagem do futuro da região ainda mais nebulosa.
A Transnístria fica dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas como pertences à Moldávia, embora tenha unilateralmente declarado sua independência nos anos 90, com a ajuda de contingentes russos e cossacos.
Conheça a Transnístria
Créditos: Reprodução/Julia Autiz