Faltando pouco para as férias escolares de Julho, a estimativa é de que 64% dos brasileiros gastem mais com viagens, segundo pesquisa da Boston Consulting Group. Esses gastos prometem ser, em sua esmagadora maioria, realizados via NFC, ou seja, pagos com aproximação por celular.
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Especialistas alertam para cuidados que a população precisa ter com golpes e às empresas desenvolvedoras de aplicativos e dispositivos móveis de pagamento sobre a defesa e segurança desses apps. “É preciso investir, sobretudo quando a demanda por esse tipo de recurso cresce, em manter o usuário seguro. Isso evita custos tanto para empresas e bancos, quanto para o consumidor”, alerta Alan Bavosa, vice-presidente de produtos de segurança da Appdome.
No primeiro trimestre de 2024 os brasileiros gastaram, só com viagens internacionais, US$ 3,38 bilhões, de acordo com dados divulgados em maio pelo Banco Central. Em geral, valores transacionados por aproximação (NFC) utilizando a carteira digital do celular, registrou nesse mesmo período um aumento de 56,8%, segundo a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços). Para o especialista da Appdome, o balcão único para defesa de aplicativos móveis, grande parte dessas transações acontecem durante viagens, quando aumenta o uso dos aplicativos, inclusive financeiros.
“Quando as pessoas estão viajando o celular é o recurso mais prático, porque é possível chamar um carro, pedir uma comida no hotel, descobrir rotas de transporte público, atrações turísticas, locais de compra, e o mais importante, pagar isso tudo com a carteira digital, ou direto nos aplicativos. Mas, é preciso ter segurança ao usar tanto esse recurso, que é ótimo, por isso empresas precisam olhar mais para a defesa desses apps de pagamento neste período de férias”, ressalta Bavosa.
O especialista conta que as fraudes contra aplicativos de pagamento podem ocorrer por meio de vários métodos e técnicas, como sobreposições, registro de chaves, spyware, malware RDC, que são popularmente conhecidos como vírus, e até mesmo a falsificação geográfica, ou seja, a mudança de localização do dispositivo para realizar a fraude. “Por meio de um aplicativo de pagamento, o hacker consegue acessar todo o sistema operacional e causar danos ao usuário”.
Empresas de tecnologia estão ampliando e facilitando os serviços com foco em desenvolvedores para, em segundos, interceptar esse tipo de invasão ou fraude a dispositivos móveis por meio dos aplicativos. De acordo com a Appdome, 63% dos ataques de bot, que são utilizados para roubar dados e interromper sistemas, acontecem por canais móveis. “Os hackers sabem muito bem disso e da importância que os meios de pagamento móvel têm para empresas, já que é a porta de entrada para o sucesso do negócio. Por isso alertamos ainda mais as empresas desenvolvedoras de aplicativos para que haja segurança, porque tanto o usuário, quanto a marca podem perder muito com a interrupção do sossego das suas férias ou dos negócios”, detalha Bavosa.
Hoje existem plataformas all in one que, praticamente, fazem todo o trabalho de defesa que um desenvolvedor levaria horas para ter sucesso nos aplicativos. Elas podem ser muito rápidas e interceptar esses ataques. Com um alto volume de utilização dos celulares nas férias, é preciso ter recursos fáceis e ágeis entre as ferramentas dos desenvolvedores. “É importante que haja entre esses dispositivos para profissionais de tecnologia móvel certificações de segurança para apps, recursos de inteligência de ataque e testes de penetração de aplicativos móveis, por exemplo, para que utilizadores de serviços bancários via celular estejam totalmente seguros enquanto fora de suas cidades e até do país”, conclui.