A vida de Marina Silva, líder ecologista do Brasil e defensora da Amazônia, vai virar filme pelas mãos da diretora Sandra Werneck, que mostrará a dura infância da ambientalista e sua trajetória para tentar alcançar a presidência do país, informou nesta quarta-feira (30) a editora que publicou sua biografia.
A ideia do projeto cinematográfico surgiu no livro Marina: a vida por uma causa, escrito pela jornalista Marília de Camargo César e publicado no ano passado durante a campanha eleitoral de Marina Silva, que recebeu quase um quinto dos votos, atrás de Dilma Rousseff e de José Serra.
A obra relata parte da vida da ecologista, cuja biografia é marcada em parte por sua atípica infância e por sua imagem de política honrada e coerente.
Marina, com 53 anos, foi criada em um remoto povoado do estado do Acre e lançou sua candidatura à presidência no ano passado pelo Partido Verde (PV).
Marina, formada em História e ex-ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008 no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, aprendeu a ler e a escrever aos 16 anos, após uma infância dedicada à extração da borracha e marcada por diversas doenças provocadas pelo mercúrio usado pelos garimpeiros nos rios amazônicos.
Na adolescência entrou para um convento de Rio Branco, onde se preparou durante vários anos para ser freira.
Pouco depois, Marina mudou os planos e iniciou sua carreira universitária, época na qual deu seus primeiros passos na política, seguindo o líder sindicalista e ecologista Chico Mendes, assassinado em 1988, de quem herdou a luta pela defesa da Amazônia.