Moda no Coachella: espírito hippie relido para os dias atuais
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Quem acha que um festival como o Coachella, que rola a partir desta sexta (11), em Indio, EUA, é financeiramente inviável pode começar a rever seus conceitos.
Especialmente quando comparado às atrações disponíveis no calendário pop brasileiro, com ingressos cada vez mais caros, o Coachella pode sim caber no seu bolso. É tudo uma questão de planejamento e foco, minha gente.
Começando pela passagem. A parte aérea é de fazer bonito diante das ofertas de ponte-aérea Rio-São Paulo ou algo que o valha durante a Copa do Brasil. A partir de US$ 1.328 (pouco menos de R$ 3.000, no câmbio desta quarta), dá pra se desbancar de São Paulo até o aeroporto de Palm Springs, o mais próximo de Indio, município minúsculo que serve de base (junto com Palm Springs) para quem vai ao festival.
Daí, é claro, você precisa do passaporte da alegria, ou seja, o passe para entrar no festival nos seus três dias e noites. Este ano, custava (está esgotado) US$ 375 (828 dilmas), além do passe-livre para os shuttles (há várias linhas de vans, que circulam entre os hotéis em Indio e Palm Springs e o festival), que custa mais US$ 60 (R$ 132).
Se você não é um guerreiro treinado pelo BOPE, vai precisar dormir algumas horas, certo? Afinal as atrações começam a rolar às 11h da manhã e vão até pouco depois da meia-noite. Para os mais aventureiros (e duros), a dica é ficar por ali mesmo, no camping do Coachella. Munido de US$ 85 (R$ 190), além da sua barraca e de um espírito de Daniel Boone, você compra uma vaga no acampamento do festival.
Agora, se você, como eu, já não tem 18 anos e prefere deixar a terra fina do deserto apenas embaixo da sola do seu sapato, há opções de hotéis a partir de US$ 150 o pernoite (R$ 330). Isso, vezes três ou quatro noites, pode computar uns R$ 1.000 para você ter direto a um merecido descanso sobre uma caminha americana. Claro que dividindo o quarto com um ou mais amigos esse preço cai dramaticamente.
E já que tanque vazio não para em pé, separe uma grana para repor as energias lá no festival mesmo. Se abasteça num dos vários food trucks (como o Grilled Cheese Truck) ou compre suas frutas (orgânicas, porque estamos na Califórnia, né?) no Farmer’s Market, ali mesmo na área do festival. Com uns US$ 50 por dia, dá para se virar bem. Então vamos computar US$ 150 de alimentação (R$ 330).
Reserve aí mais US$ 100 (R$ 221) para os traslados do aeroporto para o seu hotel. E outros US$ 100 para comprar alguma bobagem do festival, que ninguém é de ferro.
Pronto, seu finde no Coachella vai sair por uns R$ 5.400 (se você viajar sozinho e optar pelo camping no festival) ou, melhor ainda, se optar por um pacote de alguma empresa de turismo, pode sair por bem menos. Este pacote da CI, por exemplo, inclui quatro noites em quarto duplo (hotel 3 estrelas com café da manhã), locação de carro, assistência de viagens Intercare e até chip telefônico internacional por preços que começam em US$ 867 (R$ 1.916), podendo ser divididos em até 10 vezes sem juros. Daí é só comprar o passaporte do festival e se jogar bonito.
E eu? Terminando este texto, vou correr pro aeroporto para começar a maratona do Top of The Pops no Coachella. Conto tudo de lá. Partiu.
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