Uma jornalista latina e negra foi ameaçada por um líder de um dos grupos do movimento racista Ku Klux Klan (KKK) durante uma entrevista nos Estados Unidos. Ilia Calderón enfrentou o supremacista branco durante todo o momento.
Calderón é repórter da Univision, canal de TV destinado aos latinos que vivem nos EUA. Ela visitou Chris Barker, líder da KKK, em sua casa na Carolina do Norte. No momento em que chegou, ele já pediu que ela voltasse para seu país.
Durante a conversa, o racista chamou a mulher de “crioula” e ameaçou queimá-la. “Mas provavelmente não agora”, disse ele.
“Nós não temos nada aqui nos Estados Unidos e vocês continuam a enchê-lo. Mas como Deus diz, o próprio Yahweh diz, nós os expulsaremos daqui”, prometeu ele.
Barker seguiu com as ameaças. Ao ser perguntado por Calderón como eles pretendiam queimar 11 milhões de imigrantes, ele respondeu: “nós matamos seis milhões de judeus da última vez. 11 milhões não são nada.”
A entrevista foi em julho, antes do movimento de direita que reuniu supremacistas brancos, nazistas e outros grupelhos de ódio em Charlottesville na última sexta-feira (11). A repórter chegou a acompanhar um ritual em que membros da KKK – homens e mulheres – queimam uma cruz. O nome do grupo é Loyal White Knights e eles participaram do ato violento da última semana.
6 mulheres que enfrentaram o racismo com a cara e a coragem
Créditos: Reprodução