Foi lançada nesta terça-feira (30) a biografia de Sharon Stone, “The Beauty of Living Twice” (“A Beleza de Viver Duas Vezes”, em tradução livre), obra em que reconta as lembranças que marcaram sua trajetória, desde o derrame que quase tirou sua vida em 2001, até como foi ver, pela primeira vez, a cena marcante de “Instinto Selvagem”.
Entre as memórias, Sharon cita o abuso sexual sofrido na infância. Seu relato revela que o avô materno, Clarence Lawson, costumava trancar ela e sua irmã mais nova, Kelly, em um quarto para cometer o crime. De acordo com o livro, sua mãe não sabia desses “comportamentos perversos”.
Lawson faleceu quando a atriz tinha 14 anos e Kelly 11. A estrela relembra ter sentido um “alívio” ao ir ao velório, pois sabia que ele não causaria mais sofrimento a ninguém.
A raiva que sentia do avô foi canalizada para interpretar Catherine Tramell em “Instinto Selvagem”.
O filme ficou marcado pela famosa cruzada de pernas da personagem. O movimento revela à audiência as partes íntimas de Sharon, o que foi um completo choque para ela. A atriz só soube que a cena mostrava sua vulva ao assisti-la pela primeira vez, acompanhada de diversos empresários e advogados, “a maioria [das pessoas] não tinha nenhum laço com o projeto”.
Sharon relata que foi induzida a retirar a lingerie na hora da gravação porque a peça estava “refletindo a luz, então dava para ver a calcinha”.
Ao ver a cena reveladora no corte final do filme de 1992, a artista deu um tapa no rosto do diretor Paul Verhoeven e ligou para seu advogado. Após discutir com Verhoeven, decidiu liberar o trecho porque “era correto para o filme e para a personagem; e porque no final das contas, eu gravei”.
O papel de Tramell a ensinou a ser “mais forte exteriormente” e “menos disponível para ser comida viva”. Descrito como o posto “que mais exigiu” da atriz, ela relembra que um dos produtores sempre a chamava de “Karen” nos bastidores, ignorando por completo sua identidade, e reiterava que ela era a 13ª opção para o papel.
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