Édgar Vivar, o Senhor Barriga da série Chaves
Créditos: gabriel quintão
Édgar Vivar, 63 anos, intérprete do personagem Senhor Barriga na série Chaves, ficou muito feliz com a homenagem que o personagem Jaiminho, vivido por Raul Chato Padilla, recebeu da cidade de Tangamandápio, por divulgá-la. No entanto, o ator acredita que ele próprio não precisa de uma estátua. Em entrevista ao Virgula Diversão, ele contou que se sente homenageado todos os dias de sua vida.
“Poder conversar com pessoas de diferentes países, em lugares tão longínquos, é uma homenagem maravilhosa. Além disso, é meu trabalho fazer as pessoas felizes”, disse.
Édgar apresenta seu espetáculo Senhor Barriga é Jovem Ainda! em São Paulo, no próximo dia 5 de agosto. No show, o artista vai cantar músicas que fizeram parte dos seriados Chaves e Chapolin, além de contar histórias sobre os programas.
No bate-papo com o ator, ele falou sobre o show, contou histórias dos bastidores de Chaves e revelou seus episódios favoritos do programa. Confira.
Conte um pouco sobre o espetáculo Sr. Barriga É Jovem Ainda. O que o público pode esperar?
O público embarcará em uma “montanha russa de emoções”. Os fãs poderão dançar, se emocionar e dar muitas risadas. Eles verão o Sr. Barriga cantando ao vivo as músicas mais conhecidas de Chaves. Também exibirei cenas exclusivas de bastidores de Chaves, que eu mesmo filmei nos anos 70.
O personagem Jaiminho foi homenageado nesta semana com uma estátua na cidade de Tangamandápio, pelo fato de divulgar o local. O que achou da iniciativa?
Tangamandápio é uma cidade bem pequenininha. Muitas pessoas no próprio México não a conhecem, pensam que é um lugar imaginário. O Roberto Bolaños escolheu a cidade como terra natal de Jaiminho por causa do nome, e ela tornou-se famosa internacionalmente. O prefeito, então, decidiu fazer uma estátua do Jaiminho. Eu estou muito feliz pelo fato de meu amigo Raul Chato Padilla [que faleceu em 1994] ser homenageado. Tenho muita saudade dele.
O Senhor Barriga também merece ser homenageado?
Eu recebo homenagens todos os dias da minha vida. Poder conversar com pessoas de diferentes países, em lugares tão longínquos, é uma homenagem maravilhosa. Além disso, é meu trabalho fazer as pessoas felizes. Por isso, eu não preciso de estátua. Ela seria muito pesada (risos).
Nesta semana, sua ida ao Memorial do Corinthians foi notícia em todo o Brasil. Como começou a torcer pelo time?
Eu me tornei corintiano há alguns anos por influência dos meus amigos brasileiros e me apaixonei pelo time. Aos poucos, fui descobrindo que a minha relação era ainda mais forte, mesmo que de forma involuntária. Tem um episódio do Chaves em que o Senhor Barriga e o Seu Madruga estão conversando sobre futebol e meu personagem se revela corintiano na versão em português.
Qual foi a reação mais surpreendente de fã que o senhor já presenciou?
Houve várias. Gostei muito de quando postaram, no Twitter, a foto de duas crianças de 3 meses fantasiados como Chiquinha e Chaves. Teve uma fã que tatuou o meu autógrafo em seu pulso… Considero essas coisas um presente de Deus.
Como era a relação nos bastidores de gravação de Chaves?
Eu era amigo de todos. Os primeiros anos foram muito cordiais. Os últimos anos foram um pouco mais distantes. Tivemos brigas como qualquer família, mas qualquer problema que acontecia também podia ser resolvido com boa vontade e com inteligência.
Como foi a saída de Carlos Villagran, intérprete do Quico, em 1978? Foi um choque para o elenco?
A saída dele afetou todo o programa. Ele era um personagem muito importante. Os episódios de Chaves mais conhecidos são os episódios em que o Quico aparecia. Acho que todos os personagens eram importantes, mas nenhum era insubstituível. Ele recebeu uma oferta de trabalho na Venezuela que pagava melhor, falou com o Roberto Bolaños e se foi.
Muitas pessoas, no Brasil, gostam muito do episódio de Chaves em Acapulco. Qual é o seu preferido?
Para mim, o episódio de Acapulco também é o de que eu mais gosto. Foi um dos últimos em que ficamos todos juntos. Foi muito complicado porque as gravações eram em um hotel, não em um estúdio. Havia câmeras, muito barulho, calor e muitos turistas passando sem saber o que estava acontecendo. Porém, foi muito legal. Gosto também do episódio dos piratas do Caribe [de Chapolin], que foi gravado em Cancún. Gosto muito do episódio de natal, em que recebo os inquilinos na minha casa.
Há algum fato interessante que o senhor se recorde das gravações do episódio de Acapulco?
Sim. Estávamos gravando uma cena e um cara norte-americano perguntou, em inglês, o que estávamos fazendo. Ele achava que era muita gente louca junta e não sabia que eu era parte daquilo. Depois, ele começou a ver os episódios do Chaves nos Estados Unidos e gostou muito. Depois, me disse que começou a estudar espanhol só para entender a série. Achei incrível.
A María Antonieta de las Nieves reclamou, recentemente, por não deter os direitos da personagem Chiquinha. O que o senhor achou dessa manifestação?
Ela tem os direitos sobre a personagem. Ela trabalha como Chiquinha, vive como Chiquinha. Saiu um boato de que ela iria se aposentar porque a Televisa e o Roberto Bolaños não deixava ela trabalhar. Ela mesma desmentiu isso. Isso foi só um boato…
Quais são os seus humoristas preferidos de todos os tempos?
O Gordo e o Magro, o Chaplin… Também gosto muito do [grupo britânico] Monty Python.
O senhor gosta de algum artista brasileiro?
Não conheço muitos comediantes brasileiros ainda. A minha banda me recomendou a fase clássica dos Trapalhões, que pretendo conferir em breve. Eu conheço o Danilo Gentili e gosto bastante do estilo de humor dele.
SERVIÇO – Show Senhor Barriga é Jovem Ainda!
Data: 5 de agosto (Domingo)
Horário: 19h (abertura da casa: 17h)
Local: Carioca Club (Rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiros)
Ingressos: Entre R$ 40 e R$ 160
Confira pontos de venda e on-line em: https://ticketbrasil.com.br/show/srbarriga-sp/
Para mais informações: contato@4funfest.com.br