Quem viveu os anos 80 (viveu direito, não quem nasceu em 1989), sabe que dificilmente voltaremos a ter um programa de humor inesquecível como foi a TV Pirata – principalmente, porque os tempos eram outros. Mas, em se tratando de humor atual, o Tá no Ar, de Marcelo Adnet e Marcius Melhem, tem tudo para conquistar seu lugar ao sol.

 

A primeira temporada do programa foi muito elogiada, porém levantou algumas polêmicas por fazer piadas com religião. Nesta, as piadas continuam, e confesso que #rimuito com a Galinha Convertidinha. O programa lembra bastante as priscas eras do Casseta & Planeta. Tem comerciais de produtos engraçados, paródias (grudentas) de músicas do momento e até zoação com a própria grade da emissora.

 

Mas pode? Claro que pode! Olha o que o próprio Adnet falou: “O bacana é que temos carta branca para fazer o que queremos, sempre respeitando a diversidade e repudiando qualquer preconceito. Nossa intenção não é ser correto ou incorreto. O humor é subjetivo. Nossa intenção é entreter. O que digo sempre é que o resultado é sincero e autoral, sem travas”.


 

 

Um outro fator que difere o programa de seus antecessores é a interação com o 2.0. As piadas não se limitam somente à política, famosos e que tais: a internet é bastante zoada no texto, como por exemplo no quadro que tirou sarro das mobilizações que todo mundo participa (#SomosTodosMacacos, Desafio do Balde de Gelo, #EuNãoMereçoSerEstuprada, etc.). Pode até ser que parte da audiência não saque logo de cara a piada, mas os internautas também não podem reclamar de exclusão.

 

 

Por fim, se você sente falta de gargalhar com a televisão aberta, recomendo assistir aos próximos episódios, que passam todas as quintas-feiras, às 23h15, na Globo. Pode ser que você se surpreenda – caso contrário, dá tempo de voltar pro Netflix.


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Se você ainda não parou para ver Tá no Ar, você pode estar perdendo o bonde

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