O cineasta franco-polonês Roman Polanski pretende rodar seu novo projeto, An Officer and a Spy, na Polônia. Trata-se de uma cinebiografia de Alfred Dreyfus, militar francês acusado de espionagem no século XIX.

Mas para fazer o filme no país, Polanski quer garantias do governo polonês. Ele quer ter certeza de que a Polônia não vai extraditá-lo para os EUA durante as filmagens – risco que ele corre, pois o diretor ainda é acusado de ter feito sexo com uma garota de 13 anos em 1977, em território norte-americano.

De acordo com o site The Hollywood Reporter, Polanski já alugou um apartamento na Cracóvia e abriu uma conta bancária em um banco polonês, preparando o terreno para as filmagens no país.

O produtor do filme, Robert Benmussa, declarou ao Instituto de Cinema Polonês: “As condições técnicas e artísticas dos estúdios da Polônia correspondem às nossa expectativas. Mas a decisão final depende da segurança legal de Roman Polanski na Polônia”. O país está interessado em co-produzir o filme, orçado em 40 milhões de dólares e com elenco que deve contar com atores ingleses e americanos.

Em setembro de 2013, Polanski esteve no país para ministrar um seminário a estudantes de cinema. Na ocasião, não houve nenhuma tentativa de prender o cineasta. Sob as leis polonesas, as acusações datadas de 1977 já expiraram.

Mesmo assim, Polanski permanece irredutível e só dará o sinal verde para o projeto se a Polônia garantir através de documento oficial que o diretor não será extraditado.

Em 2010, Polanski foi preso em Zurique, na Suíça, quando recebia um prêmio por sua carreira. Autoridades americanas tentaram levar o diretor para os EUA para ser julgado, mas houve uma batalha judicial e o cineasta escapou em liberdade.

O diretor de 80 anos reside em Paris. A França é um dos poucos países europeus que proíbe extradições de seus cidadãos para os EUA.


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Roman Polanski só filma novo projeto na Polônia se o país garantir que não vai extraditar o cineasta para os EUA

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