Mais uma indicação para Meryl Streep, o sucesso de O Artista, a dupla nomeação de George Clooney e a ausência de Clint Eastwood são alguns dos destaques da 84ª edição do Oscar.

Desde que superou as 12 indicações de Katharine Hepburn (com quatro estatuetas), Meryl Streep bate seu próprio recorde cada vez que é nomeada ao Oscar. Com A Dama de Ferro, a atriz acumula sua 17ª indicação, além de ser favorita ao que seria seu terceiro prêmio com sua fiel recriação de Margaret Thatcher.

 

Menos preocupado está Woody Allen, que, com sua 15ª nomeação como roteirista, conseguiu um recorde graças a Meia Noite em Paris, embora pareça pouco provável que o gênio nova-iorquino compareça à cerimônia – só esteve presente em 2002, como homenagem a Nova York após os atentados de 11 de setembro.

O Artista, filme francês em preto e branco e mudo de Michel Hazanavicius, recebeu 10 indicações. Nunca um filme francês ganhou o Oscar de Melhor Filme e, desde A Lista de Schindler, em 1993, um filme em preto e branco não vence a categoria. E apenas Asas, na primeira edição, foi premiado entre os filmes mudos.

Outro destaque é o britânico Stephen Daldry, que se tornou o primeiro diretor a colocar suas primeiras quatro obras entre as finalistas ao prêmio de melhor filme: com Billy Elliot, As Horas, O Leitor e agora com Tão Forte e Tão Perto.

George Clooney volta a receber duas indicações ao Oscar. O filme que protagoniza, Os Descendentes, é um dos favoritos, com cinco nomeações, entre as quais está a de Melhor Ator – ele mesmo – e Melhor Roteiro, em que concorrerá com Tudo Pelo Poder, que Clooney escreveu, dirigiu e atuou.

E na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, uma feliz coincidência: dois atores de 82 anos, Christopher Plummer e Max von Sydow, disputam o prêmio por Toda Forma de Amar e Tão Forte e Tão Perto, respectivamente.

Pela primeira vez um filme iraniano concorre na categoria de Melhor Roteiro – A Separação, de Asghar Farhadi.

A grande ausência foi a de Clint Eastwood, com seu ambicioso e clássico J.Edgar. Além dele, foram esquecidos os atores Michael Fassbender e Ryan Gosling, onipresentes nos cartazes de cinema em 2011, e Tilda Swinton, que arrancou muitos elogios por sua atuação em Precisamos Falar Sobre o Kevin, e Kirsten Dunst por Melancolia, de Lars von Trier.

Para terminar, uma pergunta sem resposta: Por que apenas duas músicas disputam o Oscar em sua categoria? Depois da batalha pelo Globo de Ouro entre Madonna, com W.E. – O Romance do Século, e Elton John, com Gnomeo e Julieta, os finalistas foram Os Muppets, e Rio, de Sergio Mendes e Carlinhos Brown. 


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Recordes e ausências marcam a edição 2012 do Oscar