Depois de sair em maus lençóis do CQC e fracassar com o Saturday Night Live na Rede TV!, Rafinha Bastos parece estar cada vez mais distante da comédia. Sua mais nova empreitada é um canal “sério” no Youtube, chamado Marcapasso, no qual promete fazer reportagens e mostrar a vida de “pessoas reais”.
De volta à Band em 2013 com reportagens no programa A Liga – e sem perspectiva de um programa próprio por enquanto – Rafinha diz já estar “encontrado” em sua carreira. Para ele, o público entende que sua carreira vai além do humor. “Isso me dá ainda mais segurança”, afirma.
Questionado pelo Virgula se está fazendo jornalismo, descarta: “É uma tentativa de fazer uma coisa legal. Algo que toque as pessoas. Só isso”. Ele acredita que o público, apesar de conhecê-lo por sua verve de comédia no stand-up e pelo CQC, o entende.
Com linha documental, o canal tem direção de Leo Rapini. Virgula fez cinco perguntas para Rafinha sobre o novo projeto.
Virgula – Sendo tão conhecido por seu trabalho no humor, você acha que as pessoas vão levar a sério esse novo projeto?
Rafinha Bastos – Já estão levando. Minha experiência no programa A LIGA, me mostrou que público entende que eu não faço apenas comédia. Isso me dá ainda mais segurança pra testar outros formatos de comunicação.
Virgula – É uma tentativa de fazer jornalismo?
RB – É uma tentativa de fazer uma coisa legal. Algo que toque as pessoas. Só isso.
Virgula – Depois de um longo período na televisão, voltou à internet, plataforma na qual você já tem alguma experiência. Está tentando se reencontrar profissionalmente?
RB – Eu nunca deixei de fazer Internet. Produzo conteúdo pra web desde 1999. Isso não tem, nada a ver com se reencontrar… tem a ver com produzir algo legal. Eu tô “encontrado” já.
Virgula – Qual é o melhor e o pior aspecto de fazer conteúdo pra web?
RB – O melhor: Ter absoluta liberdade criativa e contato direto com o público. O pior: O investimento financeiro é todo do produtor.
Virgula – Como anda a sua relação com a Band? E o projeto de um programa só seu, em que pé está?
RB – Minha relação com a BAND tá ótima. Tô feliz de voltar a trabalhar com a turma. Quanto ao ano que vem não tem nada definido. Não tenho pressa.