Com menos de três anos no ar, a série “Pose” já fez história na televisão com seu elenco diverso e representativo. Mas o enredo está perto de chegar a sua conclusão: a terceira temporada, que estreará no canal FX no dia 2 de Maio, será a última. A informação foi dada pelo co-criador da produção, Steven Canals, nesta sexta-feira (5) .
O também produtor executivo afirmou em um comunicado que escreveu a série que gostaria se assistir.
“Naquela época não víamos muitos personagens negros ou latinos – que também eram LGBTQ+ – nas telas. Então eu escrevi o primeiro rascunho do piloto que o meu ‘eu mais jovem’ merecia. ‘Pose’ foi concebida como uma carta de amor à comunidade underground do ballroom de Nova York, minha amada Nova York, à minha família queer e trans, a mim mesmo”, declarou Canals em sua despedida.
O profissional conta que “nunca quis mudar o cenário da televisão. Apenas escrever uma história honesta sobre família, resiliência e amor”. E conseguiu fazer muito mais durante esses três anos.
Para a diretora, roteirista e produtora executiva Janet Mock, “[‘Pose’] deixou uma marca permanente na nossa cultura, mostrando que uma série de televisão com talentos LGBTQ+, em frente e atrás das câmeras, pode ser bem-sucedida e interessante, ela moveu pessoas marginalizadas para o centro do palco”. A profissional se tornou a primeira mulher trans negra a ser roteirista e a dirigir o episódio de uma série de televisão, informou a revista Variety.
O series finale irá ao ar no dia 6 de Junho.
“Pose”, como lembra a Variety, virou um marco ao elencar um grande número de artistas trans para papéis fixos. A maior parte de seus atores, assim como roteiristas, diretores e produtores, fazia parte da comunidade LGBTQ+ e não era branca, indo contra o que normalmente se vê nas produções de audiovisual, que contrata majoritariamente profissionais brancos, especialmente para cargos mais altos.
Ryan Murphy, criador de séries como “Glee” e “American Horror Story”, também assina como co-criador, diretor, roteirista e produtor executivo de “Pose”, que definiu como “um dos destaques criativos” de sua carreira.
“Pensando no início da minha carreira, no final dos anos 1990, quando era quase impossível ver um personagem LGBTQ na televisão, até Pose – que fez história por ter o maior elenco LGBTQ de todos – é o fechamento de um ciclo para mim. Essa série fez história em frente e atrás das câmeras, e seu legado vai além”, disse Murphy em seu comunicado.
“Pudemos contar a história exata que a gente queria, como a gente queria. E estou incrivelmente honrado e agradecido. A história de ‘Pose’ pode terminar em 1996, mas seu impacto durará para sempre”, finalizou.
“Pose” foi nomeado para 11 Emmy Awards e ganhou uma categoria. Em 2019, Billy Porter se tornou o primeiro homem abertamente gay a ganhar como Melhor Ator em Série de Drama.
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