Arte pública é sempre benvinda, ainda mais uma que, apesar de heterodoxa, como a feira de arte que a criou, a Miami Art Basel, tem como fio condutor o inusitado. Se você gastou US$ 45 (algo em torno de R$ 117) para entrar no Miami Beach Convention Center, com certeza vai adorar ver obras de arte de graça. No Collins Park, um parque que mais parece uma praça e que tem o Bass Museum ao fundo e ao lado a Biblioteca Pública e a Escola de Ballet da cidade, estão abrigadas 26 obras que ficarão expostas até março de 2015.
O inusitado é o tom de um conjunto heterodoxo de obras expostas na Collins Park, durante a Miami At Basel
O curador Nicholas Baume, do New York’s Public Art Fund, tinha como ideia a heterodoxia e a variedade de artistas. Como escreveu no panfleto de abertura, a exposição “é sobre a tomada de tudo o que você tem fúria e quer ver como funciona em um espaço público.”
Arte pública na Miami Art Basel
Créditos: Vitor Angelo
Algumas mais bem montadas que as outras, entretanto não deixaram de atrair as pessoas que foram ao parque. A movimentação em torno das obras, mesmo à noite era intensa, no melhor sentido que a arte pública pode ter.
O mais hilário foi na abertura, no dia 3 de dezembro, o curador estar acompanhado por dois enormes seguranças a todo lado que ia e quando alguém chegava perto dele, os dois gigantes avisavam que era pra se afastar. Quem não sabia do que se tratava, com certeza, deve ter achado algo um tanto bizarro da parte Baume, mas ele não tinha culpa de nada, era uma… P-e-r-f-o-r-m-a-n-c-e.
Performance no dia de abertura da exposição no Collins Park. O curador era seguido por dois enormes seguranças
Os seguranças, chamados William e Fernandez, ficavam o tempo todo ao lado de Baume e tudo isto fazia parte da performance de Ryan Gander, Thank You, But I Am Promised to the Company of My Artist This Evening During the Opening (Obrigado, Mas Eu Estou Comprometido com a Empresa de Meu Artista Esta Noite, Durante a Abertura).
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