Quando protagonizava o reality show “The Simple Life”, ao lado da então melhor amiga Nicole Richie, Paris Hilton se mostrava como a típica “patricinha” que parecia viver em um mundo a parte e carregava pequenos cachorros em bolsas. E assim se perpetuou sua imagem. Ao mesmo tempo que foi a “it girl” dos anos 2000, também era vista como uma celebridade que sempre se envolvia em escândalos.
Mas Paris parece estar preparada para revelar sua “real” personalidade.
Prestes a lançar um documentário no YouTube, a empresária contou à revista People que “a personagem Paris Hilton” está longe de ser quem ela é. “Era uma casca. Como o mundo me vê e como realmente sou é tão diferente”.
A DJ relatou que criou uma “persona de Barbie” para escapar de traumas do passado. O teaser do documentário “This Is Paris” mostra que a estrela foi vítima de abusos físicos e emocionais enquanto estudava no internato Provo Canyon. A violência durou por cerca de um ano.
Paris contou que ao se formar, não queria mais pensar no que viveu lá dentro. “Só queria viver minha vida. Sair e ir a festas entorpeciam a dor. [Ao mudar] a voz, as roupas, eu basicamente criei uma personagem completa. Queria esconder quem eu realmente era. Porque quando você é constantemente repreendida e abusada, isso obviamente vai te afetar”, disse.
A fama e a fixação dos tabloides em sua imagem foram bem-vindas na época.
“Na Provo, eu tinha problemas por querer atenção e amor… Com a fama, eu tive tudo isso. Me sentia amada, feliz e orgulhosa”. Para Paris, aquilo era uma forma de se “vingar” da escola: “me disseram tantas coisas e, tipo, olhe para mim agora”, explicou.
O documentário, que estreia dia 14 de Setembro, promete explorar o passado da herdeira e mostrar quem ela é por trás da personagem que se estabeleceu internacionalmente.
No próprio trailer ela chega a dizer: “desculpa, estou tão acostumada a interpretar uma personagem que para mim é difícil agir normalmente”.
A People entrou em contato com a Provo Canyon, que apenas afirmou ter mudado a administração em Agosto de 2000, após a estrela já ter saído, mas que “não pode comentar sobre as operações atuais ou experiências passadas pelos estudantes antes deste período”.