The Wolf of Wall Street, filme de Martin Scorsese com Leonardo DiCaprio
Créditos: Reprodução/ Just Jared
A nova parceria entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio ganhou mais uma polêmica para a sua lista. Depois de ter quebrado o recorde do uso da palavra ‘fuck’ em um filme de ficção e de ser acusado de ‘glorificar comportamento psicopata’, outra acusação cai sobre o longa: diversas organizações de defesa dos direitos dos deficientes reclamaram do uso da palavra ‘retardado’ no filme e por sua indução de que o uso de drogas acarreta num comportamento semelhante a alguém com paralisia cerebral. As informações são do jornal britânico The Guardian.
“O Lobo de Wall Street está recebendo muita atenção por ofender os espectadores de formas diferentes, mas um aspecto que ainda não foi discutido é o uso da palavra ‘retardado’ e sua zombaria inaceitável de pessoas com paralisia cerebral”, afirmaram o CEO do grupo de deficientes Arc, Peter Bernem, e o presidente da United Cerebral Palsy, Stephen Bennet em um comunicado.
“Entre as pessoas que pagaram para ver O Lobo de Wall Street nas últimas semanas, estão pessoas com deficiências, seus pais, irmãos e amigos. É hora de Hollywood acordar e ver que seus clientes merecem mais”, completam.
Os produtores ainda não se manifestaram. Quanto às críticas anteriores, Leonardo DiCaprio defendeu o filme, negando que o projeto seja uma apologia ao estilo de vida de Jordan Belfort, condenado por fraude de segurança e lavagem de dinheiro em 1998.
“Eu espero que as pessoas entendam que nós não estamos fazendo apologia a este comportamento. Nós o estamos acusando. O livro [autobiografia de Belfort em que o filme é baseado] é uma história cautelosa. E se você presta a tenção no filme, percebe o que estamos falando sobre esse filme e esse mundo, porque é algo venenoso”, disse o ator à revista Variety.