O Daily Telegraph publicou hoje uma matéria com a previsão de custo para a produção do muitíssimo aguardado <i>O Hobbit</i>, dirigido por Peter Jackson e ainda sem localidades definidas pela Warner Bros. De acordo com o jornal, tudo indica que a realização dos dois filmes custará cerca de US$ 500 milhões, o que transformará a produção no mais caro filme de todos os tempos.
As cifras deixam para trás a trilogia Senhor dos Aneis, também de Peter Jackson (US$ 285 milhões), os dois últimos episódios de Matrix (US$ 237 milhões) e os dois mais recentes <i>Piratas do Caribe</i> (US$ 450 milhões). Se levarmos enconta a média de custo e acreditarmos que os filmes custarão cada um US$ 250 milhões, eles ficariam em terceiro na lista de custos nominais, perdendo apenas para <i>Homem Aranha 3</i> e <i>Piratas do Caribe 3</i>.
Apesar de liderar a lista de produções multi-filmes, se entrarmos na lista dos valores corrigidos pela inflação americana, Os Hobbits teriam de se conformar com um sexto lugar, atrás de Harry Potter e o enigma do Príncipe (US$ 254 milhões), Titanic (US$ 271 milhões), Homem-Aranha 3 (US$ 271 milhões), Cleópatra (US$ 310 milhões) e <i>Piratas do Caribe 3</i> (US$ 315 milhões).
Na capital neozelandesa, local mais comentado para a produção do filme, cerca de três mil pessoas levaram cartazes com mensagens “We love hobbits” (“Nós amamos os hobbits”) e de apoio ao seu compatriota Jackson, enquanto manifestações menos numerosas se espalharam por outras cidades do país.
Os protestos foram convocados para coincidir com a chegada de três executivos da produtora, que negociarão com o Governo neozelandês em uma última tentativa de manter a gravação no país.
A Warner Bros advertiu que já está buscando localizações alternativas na Escócia e no Canadá para a gravação dos dois filmes de O Hobbit, com um investimento de US$ 500 milhões.
Os executivos da produtora devem se reunir com o cineasta, e amanhã, com o primeiro-ministro neozelandês, John Key, que se comprometeu a inserir as mudanças na legislação trabalhista para manter as filmagens no país.
A polêmica aconteceu quando o sindicato de atores NZ Equity, filial neozelandesa de um sindicato australiano, pediu um boicote internacional à filmagem de O Hobbit, quando negociavam condições trabalhistas mínimas com a Warner Bros.