Conheça todos os filmes de Audrey Hepburn
Filha de um banqueiro inglês e de uma condessa holandesa, a belga Audrey Hepburn já nasceu rica, cosmopolita e nobre, características que sempre foram associadas à sua imagem. Afinal, independente do papel, classe e elegância pareciam simplesmente emanar das telas quando ela surgia em cena.
Já em sua estreia em Hollywood, com A Princesa e o Plebeu (1953) ela ganhou um Oscar, provando que tinha também talento. Algo, que, aliás, nunca foi questionado, considerando suas outras quatro indicações ao mesmo prêmio e o fato de que se tornou uma das raríssimas personalidades a ganhar ao menos um Oscar, um Emmy, um Tony e um Grammy.
Ex-modelo e bailarina, se tornou também a musa do estilista Hubert de Givenchy, que a transformou em um ícone de moda com seus figurinos em Sabrina (1954), Cinderela em Paris (1957), Amor na Tarde (1957), Charada (1963), Quando Paris Alucina (1964), Como Roubar Um Milhão de Dólares (1966), Amor Entre Ladrões (1987), além, claro, do inesquecível Bonequinha de Luxo (1961).
Nesse mesmo filme, aliás, a atriz apareceu cantando uma música de Henri Mancini, consagrado compositor que também se desmanchava em elogios. “Moon River foi escrita para ela. Ninguém mais a compreendeu tão completamente. Existem mais de cem versões de Moon River, mas a dela é inquestionavelmente a melhor”, decretou (assista abaixo ao trecho do filme onde ela canta).
Mas Audrey Hepburn, que faleceu há exatamente 20 anos, no dia 20 de janeiro de 1993, devido a um câncer que começou no apêndice e atingiu o intestino, não tinha uma beleza apenas externa e era nobre também em outro sentido.
Ainda adolescente, ela enfrentou os horrores da II Guerra Mundial vivendo na Holanda, onde foi voluntária em hospitais para soldados feridos. E, em 1988, se tornou embaixatriz de um fundo da UNICEF para crianças da América Latina e da África. Além de participar de campanhas e visitar diversos países, ela doou integralmente à entidade os salários que recebeu em seus dois últimos filmes, Amor Entre Ladrões (1987) e Além da Eternidade (1989).
Em 1993, pouco depois de sua morte, foi agraciada com um Prêmio Humanitário Jean Hersholt, concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas e recebido por seu filho mais velho, Sean H. Ferrer. Curiosamente, o prêmio tem o nome do ator que entregou a Audrey seu Oscar de melhor atriz, na cerimônia de 1954.