A diretora de cinema tcheca Vera Chytilova, representante da nova onda cinematográfica tchecoslovaca dos anos 60 do século passado, morreu aos 85 anos, informa nesta quinta-feira a imprensa local.
Vera Chytilova (Ostrava, Tchecoslováquia, 1929 – Praga, 2014), estudou filosofia e arquitetura, antes de cursar estudos na escola de Cinema (Famu) de Praga, onde foi da turma de célebres cineastas como Milos Forman e Jiri Menzl.
A cineasta começou a construir seu nome na história da sétima arte com filmes como “As Margaridas” (1966), que representou um escape do realismo socialista da época com uma indagação na experimentação visual, e seguiu com sua crítica do sistema imperante com “História Pré-Fabricada” (1979).
Apesar de os filmes de Vera terem sido proibidas pelo regime comunista, a cineasta permaneceu na Tchecoslováquia. Com o fim do regime soviético em 1989, a diretora seguiu fazendo duras críticas às carências do novo sistema, onde duvidosas privatizações e restituições de propriedade fizeram surgir uma casta de novos ricos sem escrúpulos.
Feminista e engajada, seu cinema continuou denunciando os problemas da sociedade contemporânea também depois da queda da Cortina de Ferro.