Gordon Willis, diretor de fotografia da trilogia O Poderoso Chefão e de obras-primas de Woody Allen como Manhattan e Annie Hall, morreu aos 82 anos de idade, segundo informam as publicações especializadas de Hollywood Deadline e Variety.
A Sociedade Americana de Cinematografia (ASC), da qual Willis fazia parte, expressou nesta segunda-feira (19) seus pêsames em redes sociais pela morte de Willis. “É uma perda monumental. Foi um dos gigantes que mudou totalmente a imagem dos filmes. Nada que foi rodado antes de O Poderoso Chefão tinha esse aspecto”, disse o presidente da ASC, Richard Crudo.
Nascido no bairro nova-iorquino de Queens, Willis era conhecido como o “Príncipe da Escuridão”, por sua habilidade no uso das sombras, até o ponto de que por vezes não se distinguia com clareza o rosto dos personagens.
“Fazer uma fotografia bonita é fácil, é o mais fácil do mundo. Mas uma fotografia que completa uma imagem, de cima a baixo, em coerência com o conteúdo, isso é o mais bonito. Não se trata de pôr a fotografia na frente da história, mas que faça parte dela”, disse Willis sobre seu ofício.
Ele trabalhou com o diretor Woody Allen em oito filme – o primeiro deles, Annie Hall, em 1977, e o último foi A Rosa Púrpura do Cairo, em 1985. Apesar de sua enorme contribuição, Willis só foi indicado ao Oscar duas vezes – em 1983, por Zelig (de Woody Allen), e em 1990 por O Poderoso Chefão III (de Francis Ford Coppola). Em 2010, recebeu um Oscar honorário pelo conjunto de sua obra.