Fotos de Behind the Candelabra, com Matt Damon e Michael Douglas
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Steven Soderbergh, diretor de Behind the Candelabra, revelou que Matt Damon não apenas não se importou em aparecer nu no filme como ainda brincou, dizendo que o ator queria mostrar o bronzeado “brasileiro” de seu traseiro.
A produção, uma biografia sobre o exótico pianista Liberace (interpretado por Michael Douglas) é baseada no livro Behind the Candelabra: My Life with Liberace, de Scott Thorson, o namorado bem mais jovem do músico, papel de Damon.
No filme, que foi recusado pelos estúdios de cinema por ser “gay demais” e será exibido pela HBO a partir do dia 26 de maio, os protagonistas aparecem em cenas ousadas e Damon aparece nu mais de uma vez. Ao ser perguntado sobre o assunto pelo site PrideSource, Soderbergh garantiu que nada foi gratuito e ainda brincou com uma declaração do ator.
“Neste caso, seria mais estranho se nada fosse mostrado. Mas não foi planejado. Em uma cena ele tira o robe para ir para a cama, na outra está saindo da banheira. Seria gratuito se eles estivessem fazendo algo fora do normal apenas para criar uma cena de bunda e não era nisso que estávamos pensando. Embora certamente tenha me passado pela cabeça quando Matt chegou ao set e disse, ‘você não vai acreditar na linha de bronzeado brasileiro que eu ganhei do cara do spray. O mundo precisa ver isso’’, entregou, aos risos.
Soderbergh falou ainda sobre a cena mais complicada para os atores, mas que foi gravada logo na primeira tentativa, uma sequência onde os personagens fazem sexo e Damon aparece em cima de Douglas. “Eu brinquei e disse, ‘ok, Mike, você vai precisar do seu remédio pro coração. Matt você vai ficar em cima dele. Vou abaixar a câmera até aqui’. Fizemos uma tomada, houve uma longa pausa e eu acrescentei, ‘não tenho nenhum comentário, é isso aí’”, lembrou.
E, sem se importar muito com a recusa dos estúdios – a quem não acusa de homofobia, dizendo que até entende a preocupação comercial – o diretor assumiu ainda que era sua intenção fazer deste o filme mais gay de sua carreira.
“Era uma oportunidade de aproveitar todas as horas que passei assistindo a melodramas como Crepúsculo dos Deuses – qualquer coisa ligada a uma determinada estética que associamos à cafonice ou apenas glamour. Eu havia falado com Michael sobre isso quando fizemos Traffic, mas tinha problemas em decidir qual ângulo deveria usar. Não queria uma biografia tradicional…foi um amigo de Nova York que me alertou sobre o livro. Depois que eu o li todos os meus problemas estavam resolvidos”, explicou.