As várias faces da diva do cinema Marilyn Monroe
Créditos: Getty Images
Meio século após sua morte, a estrela Marilyn Monroe continua brilhando como um ícone estético de personalidade magnética, cujo espírito ainda está presente em Hollywood graças a sua fervorosa legião de fãs.
Desejada como mulher e discutida como atriz, Marilyn, que morreu no dia 5 de agosto de 1962 devido a uma overdose de remédios, não fez mais do que imortalizar sua fama, a mesma que ela, em uma de suas últimas entrevistas, assegurou que seria “passageira”. Marilyn, que tinha 36 anos nessa ocasião, estava mais que equivocada.
Em pleno século XXI, na era do 3D e do HD, de modelos ossudas e música eletrônica, artistas como a canadense Malaika Millions, cuja aparência física com Marilyn é inegável, certificam a vigência do mito em cima da protagonista de Os Homens Preferem as Loiras.
“As pessoas ficam entusiasmadas a me ver. As crianças se aproximam e não hesitam em ficar ao meu redor. Às vezes, me sinto como uma extraterrestre, mas, na maior parte das vezes, é como se eu fosse uma pessoa famosa, exceto pelo fato de que eu não sou”, afirmou Malaika à Efe.
Com cabelos loiros, curtos e ondulados, a atriz retoca a maquiagem de seus lábios com a cor vermelho paixão e também pontua uma sutil pinta negra sobre sua bochecha esquerda, tão pálida como a própria Marilyn.
Sua semelhança com a estrela de Hollywoody fez Malaika ganhar no último mês de maio o concurso “The Spirit of Marilyn”, um prêmio de US$ mil dólares, quantidade bem abaixo da que Malaika recebe como atriz. Apesar do valor que a imagem de Marilyn pode gerar, Malaika deixe claro que não quer ganhar a vida como dublê da eterna estrela.
“Muita imitação também pode denegrir sua lembrança”, disse Malaika, que ressaltou que Marilyn “era muito mais que um brinquedo sexual, tido como tolo. De fato, era tudo ao contrário”.
Não muito longe da casa de Malaika, situada próxima a estrela de Marylin na calçada da fama, o The Hollywood Museum apresenta uma mostra sobre a atriz de A Malvada (1950), que, segundo a diretora da instituição, Donelle Dadigan, é “a maior exposição do mundo” sobre a vida privada da estrela.
De acordo Dadigan, Marylin combina feminilidade, vulnerabilidade e atração de uma forma como ninguém jamais conseguiu até o momento, algo que tentou ser capturado em uma coleção de fotografias, incluídos poses sem roupas, quando Marilyn tinha 21 anos e ainda era Norma Jean.
Entre capas de revista, roupas e outros acessórios usados pela diva, a peça mais prezada da exposição sobre a diva é o vestido que Marilyn usou quando visitou as tropas americanas na Guerra da Coreia em 1954, enquanto estava em lua-de-mel de seu casamento com o jogador de beisebol Joe Di Maggio.
“É seu traje mais fotografado porque a atriz usou esse vestido ao longo de uma década”, apontou Donelle, que revelou que quando abre a caixa que protege o vestido já consegue sentir o “cheiro de Marilyn” e de seu perfume preferido, o Chanel Nº5.
A abertura desta exposição supôs o início das atividades de comemoração do 50º aniversário da morte de Marilyn Monroe para centenas de fãs, que vieram de todas as partes dos Estados Unidos, da Europa e da Oceania. Durante este fim de semana, estes mesmos seguidores deverão visitar os locais ligados à atriz em Los Angeles.
“Ela tinha um atrativo atemporal”, explicou a presidente do clube Immortal Marilyn, Mary Sims, que organizou uma viagem com 150 pessoas de sua associação.
“Foi uma mulher a frente de seu tempo, na vanguarda do feminismo. Foi uma das primeiras a ter sua própria produtora, a lutar contra o ‘star-system’ dos estúdios. Um confronto que, inclusive, ela ganhou”, contou Leslie Kasperowicz, companheira de Mary no grupo de fãs. Segundo Leslie, foram as “contradições” que tornaram Marilyn uma mulher tão especial.
“Sua beleza é o que atrai as pessoas em primeiro lugar, mas a sua pessoa consegue manter esse interesse”, completou Mary.
No domingo, Mary e seu grupo de amigas vão comparecer a um funeral simbólico diante do próprio túmulo da atriz, situado no cemitério Westwood Village Memorial Park, um tributo que representa uma saudação, mais que um adeus, a essa eterna diva.