Marco Nanini, que por 14 anos frequentou as casas dos brasileiros como Lineu na série A Grande Família, da TV, vai se despedir do personagem na próxima semana, quando o último episódio da trama vai ao ar. “Os autores tiveram uma ideia: há uma passagem de tempo, a família está reunida, e o telefone toca, é da Globo. Informam que a família Silva, por uma pesquisa, foi indicada como modelo padrão da família brasileira”, revela.

“Resolvemos esse último capítulo juntos, numa reunião. O que se propôs é que as histórias se fechassem no penúltimo capítulo e que o último fosse uma celebração, uma farra”, conta. Encerrado este capítulo, Marco foca em sua nova peça, intitulada Beije Minha Lápide, em cartaz no Rio de Janeiro, no qual vive um homem preso por danificar o túmulo do autor Oscar Wilde, pelo qual é obcecado. Oscar, um dos mais celebrados autores da literatura irlandesa, era gay e foi alvo de repressão nos séculos 17 e 18.

“Este homem tão brilhante (Oscar Wilde) foi condenado por uma questão sexual. Isso me leva àqueles jovens que mataram índios, àqueles que bateram numa empregada. Estamos voltando a uma vida selvagem por causa do preconceito”, analisa. Marco, que é gay, revelou sua orientação sexual em 2011.

“Isso foi uma coisa que se encerrou ali. Eu não mudei nada. Nem na maneira como as pessoas me olham. Não presto atenção. Não foi nada bombástico. É uma coisa de foro íntimo. Não tem uma regra, cada um faz quando achar melhor, da maneira que achar melhor. É um direito também, né?”, reflete.


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Marco Nanini encerra A Grande Família e diz que revelar ser gay não mudou carreira

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