Os bastidores de Os Vingadores, a reunião de super-heróis da Marvel
Joss Whedon usou um argumento no mínimo curioso para convencer os executivos da Marvel a manter a Viúva Negra em Os Vingadores, quando estes afirmaram que o personagem era dispensável. Sem ela, alegou Whedon, o filme ia acabar “parecendo um cruzeiro gay”.
A revelação foi feita durante a promoção do filme nos Estados Unidos, onde ele estreia apenas nesta sexta (4), uma semana depois de dezenas de países, incluindo o Brasil.
Quando foi contratado, Whedon não tinha liberdade total e por isso a personagem de Scarlett Johansson correu perigo. De acordo com a revista Wired, ele tinha apenas 92 dias para filmar e um período muito apertado para a pós-produção. Além disso, já estava determinado, entre outras coisas, que o vilão teria de ser Loki (Tom Hiddleston) e que os heróis deveriam brigar e a equipe enfrentaria uma divisão.
Na mesma conversa, o diretor contou ainda que a ideia inicial, apoiada pelo próprio Robert Downey Jr., era de dar destaque ao Homem de Ferro, mas que ele conseguiu convencer a todos que o personagem já tinha aparecido bastante por ter seus próprios filmes e que a ação deveria ser mais equilibrada entre todos.
Outros heróis
Joss Whedon revelou também como ficou em dúvida sobre aceitar o filme e que quase dirigiu outros longas de super-heróis antes. Para começar, ele foi o primeiro nome lembrado quando O Homem de ferro foi planejado. Mas o que realmente “partiu seu coração”, lembrou, foi ter sido trocado por Christopher Nolan na hora de assumir Batman.
Por causa dessas experiências, e por estar disposto a investir em produções para a web, Whedon não ficou muito animado quando foi chamado para conversar com o produtor executivo da Marvel, Kevin Feige, em 2010.
Na época, ele pensava apenas em dar alguns palpites a um roteiro pré-escrito por Zak Penn, e concordou em escrever cinco páginas com ideias. Mas logo foi fisgado. “Durante o processo da escrita me empolguei. Eu percebi, oh, sim, isso seria muito divertido”, admite.