A presença de Madonna, Colin Firth, Liam Neeson, Kevin Spacey, Ralph Fiennes, Jeff Bridges e os Irmãos Coen darão brilho ao Festival de Berlim, competição reduzida a 16 candidatos, entre os quais novos talentos como os argentinos Rodrigo Moreno e Paula Markovitch.
“Vai ser um Festival de Berlim mais compacto do que o habitual, mas com tantas atrações que ninguém sentirá saudades de nada”, revelou o diretor do evento, Dieter Kosslick, na apresentação oficial da 61ª edição, que acontece de 10 a 20 de fevereiro e terá o júri presidido por Isabella Rossellini.
O número de indicados aos Ursos é o menor que se tem lembrança – o habitual é entre 18 e 20 -, admitiu Kosslick, em um encontro com a imprensa estrangeira.
A representação latina será feita pelo El Premio, filmado no México pela argentina Markovitch, e o Un mundo misterioso, de Moreno. Markovitch estreia como diretora com um filme apoiado pelo fundo World Cinema do Festival de Berlim. A obra retrata a história de uma mulher “marcada pela ditadura”, a partir de uma perspectiva “diferente da habitual”, explicou Kosslick.
Moreno, vencedor em 2006 do prêmio Alfred Bauer – o fundador do festival – com El Custodio, retorna a competição com um longa para os “amantes do tempo lento”, como o define Kosslick, sobre um sofrido motorista a procura o estacionamento perfeito.
Os dois representam estilos diferentes de fazer cinema e são expoentes do bom momento da sétima arte na América Latina, cinematografia acostumada a sair premiada de Berlim.
O grande acontecimento midiático do Festival deve ser a presença de Madonna em Berlim, fora do programa, para promover seu novo filme como diretora, W.E. no European Market.