Noé, com Russell Crowe e Anthony Hopkins
Créditos: Reprodução/ Movie News
A instituição religiosa egípcia Al- Azhar, a mais prestigiada do islã sunita, pediu nesta terça-feira que seja proibida a exibição do filme Noé no país porque representaria a figura do profeta, o que é considerado contrário à lei islâmica.
Em comunicado divulgado pela agência estatal de notícias Mena, Al-Azhar, o Conselho dos Grandes Ulemás e a Academia dos Estudos Islâmicos rejeitaram hoje a difusão de “qualquer tipo de obra que represente profetas ou seus companheiros”.
Consideraram que esse tipo de ato é “incompatível com a posição dos profetas, prejudicam a fé e os princípios da ‘sharia’ (a lei islâmica); e afetam os sentimentos dos fiéis”.
Al-Azhar se opôs principalmente à exibição de Noé por representar a personalidade de Noé, interpretado pelo ator ganhador do Oscar, Russell Crowe.
Dirigido por Darren Aronofsky, o filme é uma adaptação do episódio bíblico da Arca de Noé, e tem estreia prevista para dia 28 nos Estados Unidos e dia 03 de abril no Brasil.
“Isso é ‘haram’ (pecado), uma violação explícita da lei islâmica estipulada na Constituição (egípcia) e na Al-Azhar, referência nos assuntos islâmicos, e pedimos às autoridades que proíbam a projeção desses filmes”, afirmou a nota.
Noé, que construiu uma embarcação para salvar do dilúvio universal sua família e um casal de cada espécie de animal, é citado tanto pela Bíblia como pelo Torá e pelo Corão.