O filme Infância Clandestina, que conta com direção de Benjamín Ávila e aborda o drama dos cidadãos desaparecidos na ditadura através do olhar de uma criança, foi selecionado nesta sexta-feira (28) pela Academia de Cinema e Arte Audiovisual da Argentina como candidato à nomeação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

O longa, protagonizado pela atriz uruguaia Natalia Oreiro e pelo argentino Ernesto Alterio, se impôs sobre O Último Elvis, de Armando Bo, por apenas um voto.

Centrado na história de uma criança de 12 anos, filho de um casal que milita na organização guerrilheira esquerdista Montoneiros, o filme se passa durante a última ditadura militar argentina, entre os anos 1976-1983.

“Obrigado por esse voto a mais que tivemos. Estava muito contente com a recepção do público e sabíamos que o filme era capaz de agradar as pessoas, mas nunca se sabe essas coisas”, declarou Benjamín Ávila após conhecer a decisão da Academia de Cinema e Arte Audiovisual da Argentina, presidida pelo diretor Juan José Campanella.

O argumento está “baseado em feitos reais, mas não é autobiográfico”, explicou Ávila, que aborda neste filme parte de sua experiência pessoal como filho de militantes e neto “recuperado” pelas Avós de Praça de Maio.

Infância Clandestina, exibido na última edição do Festival Internacional de San Sebastián na seção Horizontes Latinos, foi agraciado no último fim de semana com o prêmio de melhor filme do primeiro Festival Internacional de Cinema da União de Nações Sul-americanas (Unasul), realizado na cidade de San Juan (Argentina).

Em maio, o filme de Ávila também foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Cannes (França), onde foi muito elogiado.

O anuncio com os indicados à 85ª edição dos prêmios Oscar, será divulgado somente no próximo dia 10 janeiro.


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Infância Clandestina é o candidato argentino ao Oscar de filme estrangeiro

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