O mundo não é fácil nem para as pessoas bonitas. Halle Berry que o diga. Em entrevista à edição de outubro da revista W, a atriz hollywoodiana contou que sua beleza a atrapalhou a conseguir papéis sérios: “Eu venho desse universo dos concursos de beleza e do mundo de modelos, e imediatamente quando as pessoas ficavam sabendo disso, elas não me levavam a sério como atriz. Então, eu tentei eliminar essa parte da minha persona”.
Como exemplo, Berry contou um caso que rolou no teste do filme Febre da Selva, de Spike Lee, em que interpretou uma viciada em crack. “Spike Lee queria que eu fizesse teste para o papel da esposa de seu personagem [por causa de minha aparência], mas disse a ele: ‘Sabe, eu estou interessada mesmo no papel da viciada em crack. Você me deixa fazer um teste para essa personagem?’. Imediatamente ele disse: ‘Não te vejo como a cracuda’. Eu falei: ‘Eu sou a cracuda. Bem no fundo, eu sou a cracuda!’. E ele continuou, ‘Não, não imagino isso’. Até que o convenci, fui ao banheiro, tirei toda a maquiagem e voltei, fiz o teste e consegui o papel da cracuda. Foi incrível e um ótimo jeito de iniciar a minha carreira”, contou ela.
Hale Berry na capa da W de outubro: