O cinema brasileiro e, especialmente, os filmes baseados nas obras de Jorge Amado serão os convidados especiais da 14ª edição do festival Filmar em América Latina, que será realizado entre os dias 17 de novembro e 2 de dezembro em Genebra.
“A riqueza cultural e meio ambiental do Brasil não se articula somente em torno de suas conquistas esportivas, suas mudanças políticas e suas revoluções musicais. O Brasil é também um país de cinema”, defendeu nesta terça-feira a coordenadora do festival, Sara Cereghetti, em entrevista coletiva.
Na ocasião, a coordenadora exaltou a “grande qualidade e a extrema vivacidade” do cinema brasileiro, considerando que os 24 filmes nacionais que serão exibidos durante o festival serão capazes de “mostrar uma parte da rica história cinematográfica brasileira”
Na programação do festival, o público poderá conferir desde os clássicos, como O Cangaceiro (1953), Macunaíma (1969) e Cidade de Deus (2002), até os filmes mais recentes, caso de Heleno (2012) e Insolação (2012).
O festival também explorará a relação existente entre o cinema e a literatura latino-americana com uma homenagem ao centenário de nascimento de Jorge Amado, ou seja, com a exibição de filmes baseados em seus livros.
Amado, que publicou seu primeiro livro aos 19 anos, teve grande parte de suas obras levada às telonas, das quais o festival Filmar selecionou três: Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), Tieta do Agreste (1996) e Capitães da Areia, de Cecília Amado, neta do escritor.
Além da homenagem a Jorge Amado, o festival também apresentará uma retrospectiva do diretor Karim Aïnouz, na qual serão apresentados quatro de seus filmes: Madame Satã (2002), O Céu de Suely (2006), Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2009) e O Abismo Prateado (2011).
Este verdadeiro olhar ao cinema brasileiro será completado com uma exposição de cartazes de filmes cedida pelo Ministério de Cultura.
A 14ª edição do Filmar exibirá um total de 111 filmes, 102 delas procedentes de diferentes países latino-americanos, e nove da Suíça.
Argentina e Brasil, com 24 filmes cada um, são os países que possuem maior espaço no programa, seguidos de Chile e Colômbia (com nove filmes cada um) e México, com sete longas-metragens.