Exclusivo! Inspiração às mulheres, Renata Rado fala sobre carreira e mais (Foto: Divulgação)

Mãe, empreendedora, apresentadora, empresária. E será que dá tempo de fazer tudo? Dá, com prazer e maestria. Renata Rado conversou com o Virgula sobre a carreira e as experiências ao longo dos anos que a fizeram hoje ser espelho para muitas outras mulheres.

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A apresentadora é CEO do programa Casa das Empreendedoras, que reúne empreendedoras para participarem de trocas de experiências e aprendizados. Renata também está à frente do projeto Empreendedora Preta, promovendo visibilidade para empresas e produtos, além de oferecer oportunidades de negócios para quem enfrenta discriminação no mercado de trabalho institucional.

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Além disso, é mãe do Matteo e do Lucca, é apaixonada por viagens, tendo visitado mais de 35 países, ama o universo da moda e encanta seus seguidores com seu lifestyle.

Veja abaixo a entrevista completa, na íntegra, do Virgula com Renata Rado.

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Virgula: Como o empreendedorismo entrou na sua vida e por que sentiu essa necessidade de se reinventar profissionalmente após 15 anos de carreira na área fitness?

O empreendedorismo entrou na minha vida muito cedo. Minha mãe é cabeleireira e sempre teve que vender seu serviço, e eu sempre tive que ajudar, por questões financeiras mesmo,  então desde muito nova eu já vendia brigadeiro na na escola.

Essa necessidade de me reinventar veio pela vontade de voltar para o Brasil (eu já estava morando na Suiça desde 2010), que veio após a minha segunda gravidez. Eu queria ter mais tempo para mim e para os meus filhos e como treinadora eu trabalhava muito aos finais de semana, dava aulas à noite e queria mudar essa rotina. Então comecei a desenvolver um planejamento de empreendedorismo unindo coisas que gosto.

Virgula: Você se define como “facilitadora”. Por que você se enxerga dessa forma e quais são suas atribuições nessa função?

Existem muitas histórias potentes de muitas mulheres interessantes para serem contadas dentro de um programa e dar voz à elas, entender quem são e o que que passaram, para inspirar outras mulheres, abre caminhos e isso fortalece a jornada do empreendedorismo feminino em todas as dimensões.

Virgula: Como surgiu a ideia de criar a Casa das Empreendedoras? Quais os principais aprendizados as participantes absorvem durante o reality?

A ideia surgiu a partir de uma conversa com amigas. Estávamos conversando sobre meu projeto na televisão, que na realidade era o projeto da “Casa das Blogueiras”, aí uma amiga sugeriu fazer alguma coisa com mulheres de negócio. Aí vieram todas as ideias na minha cabeça. Fui para casa e praticamente não dormia naquela noite. Já sabia o que seria o projeto, como, onde – sendo em locais rotativos e com mulheres diferentes. Ficou tudo desenhado.

Acredito que a principal experiência que as empreendedoras têm é realmente se conectar com outras mulheres, entenderem a história de outras e jornada das das outras, pois empreender é um ato muito solitário e quando você vê que outras mulheres também passam pelas mesmas coisas, isso fortalece quem está vivendo os mesmos desafios.

Virgula: Você também é idealizadora do “Empreendedoras Pretas”. Qual a importância de dedicar um olhar a essas mulheres? Como o programa atua para ajudá-las em seus negócios?

Sim, eu também sou idealizadora do “Empreendedoras Pretas”. Esse é um grupo de extrema importância para a sociedade, mas é o tempo todo escondido pela sociedade, por uma questão histórica cultural. Então pra mim como mulher preta, é muito importante dedicar esse olhar para outras mulheres pretas que passam por situações vulneráveis e poder estar com elas, entender mais a dinâmica de suas vidas, mas também conversar com outras que estão em posição de poder, traz uma grandiosidade para o projeto, pois mostramos que podemos estar em todos os lugares.

Com o “Empreendedoras Pretas”, conseguimos ajudá-las em seus negócios atuando na comunicação, proporcionando visibilidade, acolhimento e mostrando pessoas reais, vivendo em situações e lugares reais.

Virgula: Além do ‘Casa das Empreendedoras’ e ‘Empreendedoras Pretas’, quais outros projetos você já tem ou quer estruturar para ajudar mulheres na jornada do empreendedorismo?

Além desses, tenho o “Girl Boss”, um evento que acontece a cada a cada 4 meses em São Paulo, focado em inspirar, empoderar e gerar network potente para as mulheres dos negócios.

Também estou preparando o livro “Casa das Empreendedoras”, onde conto a história de 26 mulheres empreendedoras, que será lançado em breve.

Virgula: Você se divide entre o Brasil e a Suíça. O que você traz do país europeu para os programas enquanto visão de negócios e de oportunidades? Além da questão econômica, quais as principais diferenças entre os empresários brasileiros e os suíços?

Minha vida é bem dinâmica, porque eu quando estou na Suíça tenho uma vida de mãe, dona de casa, preciso lavar, passar, cozinhar, cuidar da casa e dos meus filhos. Eu os levo para a escola, ao médico e faço todo esse papel com muito amor. É uma vida que me põe no chão, um lado totalmente diferente de quando estou no Brasil.  Eu também já morei nos Estados Unidos e todas essas experiências me trouxeram uma amplitude de mundo e vida muito grande.

O Brasil, os Estados Unidos e a Suíça são países muito diferentes. As mulheres suíças tem muito mais medo de empreender do que no Brasil, até por uma questão sócio-econômica, mas o que eu incorporei no programa é a excelência europeia, pois aprendi muito sobre isso morando na Suíça, de entregar sempre o melhor, o que realmente faz sentido, realizar com propósito e de maneira pensada.

Os brasileiros aceitam correr riscos para empreender, algo que os suíços não gostam, pois prezam pela estabilidade, mas aqui entra também a questão “necessidade”. Outra característica dos brasileiros é a criatividade, expressividade e o dinamismo em “ir e fazer”. Essas são características que fazem muita diferença no empreendedorismo.

Virgula: Quem são as três empresárias brasileiras que você mais admira? Pode citar uma caraterística especial de cada uma delas?

Duas empresárias que eu admiro muito, do meio artístico, são Ivete Sangalo e Anitta. A é estrategista, inteligente e articulada. Já a Ivete, admiro pois, além de ser uma grande cantora, movimenta demais o segmento musical e mantém negócios em diversas áreas. Eu gosto muito da versatilidade e ambição dessas mulheres que não tem medo de ir atrás de fazer acontecer.


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